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Coluna do PVC

CBF precisa disciplinar empréstimos pelo equilíbrio do Brasileirão

PVC

07/08/2019 14h11

O Goiás tem três desfalques na partida desta quarta-feira (7), contra o Corinthians: Giovanni Augusto, Marlone e Yago. Os três estão emprestados pelo Corinthians, que paga parte dos salários. A contrapartida é a proibição contratual de enfrentarem seu clube de origem. Por mais que pareça um abuso um clube pagar parte dos salários e correr o risco de sofrer gols de quem ajuda a financiar, o equilíbrio do Brasileirão pede uma providência da CBF.

Se está emprestado e inscrito pelo Goiás, tem de poder jogar sempre, exceto quando estiver suspenso ou machucado.

O ponto de vista é manifestado, hoje, porque são três os jogadores  proibidos de atuar. O número também é um espanto. Mas acontece com enorme freqüência com outros times. Há duas semanas, Nenê foi impedido de enfrentar o São Paulo. Nem emprestado está, mas foi a condição imposta pelo clube paulista ao rescindir o contrato e permitir a transferência para as Laranjeiras. Casos assim acontecem com os vinte clubes. Os mais ricos emprestam, os mais pobre submetem-se.

Desequilibra o torneio.

Nas semifinais da Champions League de 2014, o Chelsea tentou impedir o Atlético de Madrid de escalar o goleiro Courtois, que pertencia ao clube inglês, estava emprestado ao espanhol. Ao tomar conhecimento do problema, a Uefa determinou que Courtois poderia atuar, porque estava inscrito pelo Atlético.

O empréstimo de um jogador é um acordo que beneficia os dois lados. O proprietário do contrato desincha seu ambiente de trabalho e libera seu treinador de ter 35 a 40 atletas no campo de treino. O time que recebe o atleta monta sua estrutura tática contando com ele.

O assunto não tem opiniões unânimes, a proibição acontece também na Premier League, mas é preciso que alguém cuide do campeonato.  A proibição é um atentado ao equilíbrio do Brasileirão.

 

Sobre o Autor

Paulo Vinicius Coelho é jornalista esportivo, blogueiro do UOL, colunista da Folha de S. Paulo. Cobriu seis Copas do Mundo (1994, 1998, 2006, 2010, 2014 e 2018) e oito finais de Champions League, in loco. Nasceu em São Paulo, vive no Rio de Janeiro e seu objetivo é olhar para o mundo. Falar de futebol de todos os ângulos: tático, técnico, físico, econômico e político, em qualquer canto do planeta. Especializado em futebol do mundo.

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O blog tem por objetivo analisar o futebol brasileiro e internacional em todos os seus aspectos (técnico, tático, político e econômico), sempre na tentativa de oferecer uma visão moderna e notícias em primeira mão.