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Coluna do PVC

A Champions League grupo a grupo

PVC

29/08/2019 13h21

O grupo mais difícil da nova Champions League é o F, com Barcelona, Borussia Dortmund e Internazionale.

Três gigantes, com o Barça em reformulação e com Messi sem pré-temporada adequada.

O Borussia Dortmund subindo na classificação da Bundesliga e a Internazionale dirigida por Antonio Conte.

Mas há outras chaves bem complicadas. Abaixo, a análise grupo a grupo.

GRUPO A

Real Madrid, Paris Saint-Germain, Galatasaray e Brugge

Onde vai jogar Neymar? Ou não será nesta chave? O Real Madrid começou mal a temporada, mesmo com o retorno de Zinedine Zidane, o único técnico tricampeão da Champions League de forma consecutiva. Em outros momentos, Zidane deu a virada inesperada. O Paris Saint-Germain de Thomas Tuchel é uma incógnita, com o possível fim do projeto Neymar. Daí que o Galatasaray, de Fatih Terim, pode virar surpresa. Foi o último campeão turco. O Brugge corre por fora. Classificou-se tirando o Dynamo Kiev.

GRUPO B

Bayern, Tottenham, Olympiacos, Estrela Vermelha

O Bayern iniciou a Bundesliga sem vitória pela primeira vez em oito anos, mas recuperou-se na segunda rodada. Não tinha banco. Agora tem, com Coutinho e Perisic. O Tottenham fez grande jogo defensivo contra o Manchester City, mas sofre em casa. Não é um time para repetir a campanha do vice-campeonato do ano passado. Mas é forte. Mais forte do que o Olympiacos, do ex-corintiano Guilherme, e o Estrela Vermelha, que eliminou o Young Boys, da Suíça, para chegar à fase de grupos.

GRUPO C

Manchester City, Shakhtar Donetsky, Dynamo Zagreb, Atalanta

O Manchester City é soberano e a segunda força é a Atalanta. Giampiero Gasperini faz grande trabalho, classificou a Atalanta pela primeira vez para a Champions League, agora terá Arana na lateral esquerda e o Shakhtar Donetsky como rival pela segunda vaga. O Shakhtar perdeu o técnico Paulo Fonseca para a Roma e contratou seu compatriota Luís Castro, ex-Vitória de Guimarães. O Dynamo de Zagreb chega credenciado por eliminar o Rosenborg, da Noruega.

GRUPO D

Juventus, Atlético de Madrid, Bayer Leverkusen e Lokomotiv

A Juventus é a melhor equipe da chave, comandada por Cristiano Ronaldo e pelo técnico Maurizio Sarri, último campeão da Liga Europa, pelo Chelsea. Mas tem boa companhia. É o grupo mais difícil, tirando o do Barcelona. Porque o Atlético de Madrid, reformado por Simeone e mais ofensivo, com Renan Lodi e João Félix, pode ser o melhor do grupo. O Bayer Leverkusen começou bem a temporada, dirigido por Peter Bosz, vice-campeão da Liga Europa de 2017 pelo Ajax. O Lokomotiv, do técnico Yuri Semin, é a quarta força. Tem o zagueiro brasileiro Murilo, ex-Cruzeiro.

GRUPO E

Liverpool, Napoli, Salzburg e Genk

Liverpool e Napoli voltam a cair na mesma chave, mas, diferente da temporada passada, sem a presença do Paris Saint-Germain. Ou seja, parecem soberanos numa chave com o Salzburg, da Áustria, e o Genk, da Bélgica. É bom prestar atenção ao Salzburg, que retorna à Champions League e exporta jogadores para o primo rico da Red Bull, o Leipzig. Haidara saiu de Salzburgo para a Alemanha. Mas o favoritismo é todo para os times treinados por Jurgen Klopp e Carlo Ancelotti

GRUPO F

Barcelona, Borussia Dortmund, Internazionale, Slavia Praga

Claro que o Barcelona é o favorito da chave. Mas olhe como o Barça mudou nos últimos anos. Como contrata esquisito e tem uma formação tática que não combina com o time da pressão e posse de bola. Mesmo assim, chegou às semifinais da temporada passada, empurrado por Messi. E, neste ano, Messi machucou-se e não fez a pré-temporada como deveria. Será Messi, como sempre é? Não duvide. O Dortmund mantém Lucien Favre, Reus, Sancho e quer ser grande. Contraste com a Internazionale da defesa, de Antonio Conte. Que será mais forte. O Slavia, campeão tcheco, chega depois de eliminar o Cluj, da Romênia, na fase preliminar.

GRUPO G

Zenit, Benfica, Lyon, Leipzig

Grupo incrível pelo equilíbrio, não pela qualidade. O campeão russo, Zenit, contratou o brasileiro Malcom, do Barcelona. É forte. O Benfica, hegemônico em Portugal, só chegou às quartas-de-final da Champions, nesta década, em 2012 e em 2016. Perdeu para o Chelsea, campeão, e para o Bayern de Munique, respectivamente. O Lyon, de Sylvinho, está muito forte. Thiago Mendes jogando muito! O meia francês Aouar, também. Mas já perdeu para o Montpellier, na França. O Leipzig começou com duas vitórias na Bundesliga e dirigido por Julian Nagelsmann, o técnico-revelação da Alemanha. Favoritos são Leipzig e Lyon.

GRUPO H

Chelsea, Ajax, Valencia, Lille

O Chelsea de Frank Lampard começou titubeante, mas já venceu o Norwich e parece começar a engrenar. Não tem mais o investimento dos primeiros tempos de Abramovich. Se você não percebeu, preste atenção. Está descendo a escada para o grupo do meio. Mas é o campeão da Liga Europa e tem ambição. O Ajax perdeu seu meio-de-campo, formado por De Jong (Barcelona), Schöne (Genoa), mas brigou e manteve De Beek. Também vendeu De Ligt, para a Juventus. Está em quarto lugarna Holanda. O Valencia é treinado por Marcelino, o que pressupõe ser forte. Mas empatou com a Real Sociedad e perdeu do Celta no início do Campeonato Espanhol. O Lille é o vice-campeão francês. Candidato à segunda vaga. A primeira, em teoria, será do Chelsea.

 

 

 

 

Sobre o Autor

Paulo Vinicius Coelho é jornalista esportivo, blogueiro do UOL, colunista da Folha de S. Paulo. Cobriu seis Copas do Mundo (1994, 1998, 2006, 2010, 2014 e 2018) e oito finais de Champions League, in loco. Nasceu em São Paulo, vive no Rio de Janeiro e seu objetivo é olhar para o mundo. Falar de futebol de todos os ângulos: tático, técnico, físico, econômico e político, em qualquer canto do planeta. Especializado em futebol do mundo.

Sobre o Blog

O blog tem por objetivo analisar o futebol brasileiro e internacional em todos os seus aspectos (técnico, tático, político e econômico), sempre na tentativa de oferecer uma visão moderna e notícias em primeira mão.