Gaciba lamenta problema de escala que prevalece no Brasil
O presidente da comissão de arbitragem da CBF, Leonardo Gaciba, lamenta que o Brasil mantenha restrições a escalas de arbitragem com árbitros de um estado apitando jogos de clubes de seu próprio estado. Disse isso minutos antes de divulgar a escala de arbitragem para a final da Copa do Brasil, que teve Raphael Claus no jogo Athletico Paranaense x Internacional. Neste caso, não houve dano, porque o melhor árbitro do país no momento é paulista e podia arbitrar uma decisão entre um clube paranaense e outro gaúcho.
É diferente o caso de Flamengo x Santos, sábado, no Maracanã. "Não podemos escalar nem cariocas nem paulista. Só aí ficam de fora 50% dos árbitros Fifa do Brasil."
O árbitro escolhido pelo sorteio é do quadro Fifa. O catarinense Bráulio da Silva Machado, que apitou Botafogo 2 x 1 Atlético Mineiro, semana passada, que gerou reclamação formal dos atleticanos.
Gaciba se refere indiretamente a um tempo em que os árbitros do Rio podiam apitar clássicos entre cariocas e paulistas e o mesmo acontecia com os árbitros de São Paulo. Em 1983, ano da final entre Flamengo e Santos, maior público já registrado no Brasileirão, o juiz da decisão foi Arnaldo Cezar Coelho. Vitória rubro-negra por 3 x 0. O Santos ainda reclama de um pênalti sobre Pita no final do primeiro tempo. No jogo de ida, o árbitro de Santos 2 x 1 Flamengo foi José de Assis Aragão, da Federação Paulista.
Havia reclamações, mas o critério era a qualidade do árbitro.
Verdade que dois anos antes, o carioca José Roberto Wright apitou Flamengo x Atlético Mineiro, pela Libertadores, em Goiânia, expulsou cinco jogadores atleticanos e resultou numa das maiores confusões da história.
Mas a tese de que os melhores árbitros devem apitar os melhores jogos, independentemente do estado em que atuem, poderia ser testada outra vez, como no mais famoso Flamengo x Santos da história.
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