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Coluna do PVC

Por que a seleção não ganha? Por que Neymar se machuca tanto?

PVC

13/10/2019 10h43

Neymar deixou o gramado aos 11 minutos do primeiro tempo, com lesão muscular. Para um jogador de 27 anos e que nunca se machucava, é suspeito o atual volume de problemas físicos. As vezes anteriores foram por pancadas. Mas mesmo a torção no tornozelo pode ser causada por uma pisada diferente, em função da fratura anterior no metatarso ou por estar um pouco fora de sua forma ideal. Do caso Najila, ainda ficou a lembrança do áudio vazado, em que dizia estar chegando ao hotel por volta das 20h e já "meio bêbado."

Não se está aqui afirmando que estas hipóteses sejam certezas. São hipóteses, que Neymar e comissão técnica podem ponderar. Por que Neymar está se machucado como não se machucava antes?

E por que a seleção brasileira não vence desde que Neymar retornou. A última vitória do Brasil com Neymar presente por noventa minutos aconteceu em novembro de 2018, 1 x 0 sobre o Uruguai. Depois disso, saiu machucado durante o triunfo sobre Camarões, saiu machucado do amistoso contra o Catar e disputou os noventa minutos do empate contra o Senegal.

Contra a Nigéria, o Brasil fez um primeiro tempo péssimo. Faltaram criatividade e solidariedades entre os principais atacantes, muitas vezes isolados ao  receberem a bola e sem opções de tabelas ou triangulações.

Depois da Copa do Mundo, o Brasil não jogou bem até a Copa América. Então, teve boas atuações contra Peru, em Itaquera, Argentina, no Mineirão, e Peru, na decisão do Maracanã. Agora, são quatro partidas sem vencer, o que não acontecia desde 2013. Entre outubro de 2012 e junho de 2013, o Brasil disputou oito partidas e só venceu a Bolívia, por 4 x 0.

A seqüência terminou com o título da Copa das Confederações.

Neste ano, a seleção de Tite disputou catorze partidas, ganhou sete, empatou seis e perdeu uma. Quer dizer que venceu o mesmo número de jogos que não conseguiu ganhar. Não está bom.

Sobre o Autor

Paulo Vinicius Coelho é jornalista esportivo, blogueiro do UOL, colunista da Folha de S. Paulo. Cobriu seis Copas do Mundo (1994, 1998, 2006, 2010, 2014 e 2018) e oito finais de Champions League, in loco. Nasceu em São Paulo, vive no Rio de Janeiro e seu objetivo é olhar para o mundo. Falar de futebol de todos os ângulos: tático, técnico, físico, econômico e político, em qualquer canto do planeta. Especializado em futebol do mundo.

Sobre o Blog

O blog tem por objetivo analisar o futebol brasileiro e internacional em todos os seus aspectos (técnico, tático, político e econômico), sempre na tentativa de oferecer uma visão moderna e notícias em primeira mão.