O Maracanã está vivo e pode ser muito melhor
Menos de dois anos depois da condenação da Conmebol ao Flamengo, pelos distúrbios causados na decisão da Copa Sul-Americana de 2017, o Maracanã foi escolhido como palco da final da Libertadores de 2020.
Por mais que se seja contra a final da Libertadores em jogo único, é preciso olhar para o significado da escolha.
Por sete anos, desde a reinauguração do maior palco do futebol brasileiro, em 2013, decretou-se que o estádio não tinha mais alma.
Então, a Nação Rubro-Negra fez aparecer seu espírito. O Fluminense também promove festas, embora com menos gente.
Se o Maracanã tinha perdido sua alma, então existe reencarnação.
É o que indicam suas arquibancadas repletas neste ano de 2019, com 53 mil pessoas de público médio no Maracanã para o Brasileiro, com 62 mil pessoas em média na Libertadores, para ver o time de Jorge Jesus.
Se parte de nós reluta em perceber como o Maracanã está adaptado a um novo futebol mundial, mesmo com crimes cometidos contra o patrimônio histórico e denunciados pelo repórter Lúcio de Castro, é necessário notar que as crianças, que hoje visitam o estádio, vão se lembrar dele por toda a vida.
A alma do estádio é gente que lota suas arquibancadas.
O Maracanã comemorará setenta anos com muita coisa a fazer. O governo do Rio de Janeiro, de Wilson Witzel, precisa determinar como será a nova licitação, quem será o controlador do estádio, quem fará as obras de manutenção necessárias, num estado que não pagou professores nem policiais nos últimos anos.
É urgente que o governo do Estado anuncie logo estas providências. Por enquanto, empurra com a barriga, com mais seis meses de administração provisória de Flamengo e Fluminense. Pode até seguir assim, mas com regras claras e período definitivo.
Não é o suficiente. Não está bom como está.
O Maracanã precisa urgentemente destes cuidados.
Mas está vivo.
Se não é mais o maior estádio do mundo, é o melhor. O mais carismático, na cidade mais bonita, no país do futebol.
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