O Vasco e a descoberta de como incomodar o Flamengo
Bruno Henrique foi o craque de Flamengo 4 x 4 Vasco.
Vanderlei Luxemburgo foi o técnico da noite. Porque montou a estratégia certa para incomodar o Flamengo, como só o Athletico Paranaense tinha conseguido no segundo turno do Brasileiro.
A rigor, Luxemburgo conseguiu o que Bahia, Goiás e Athletico Paranaense já haviam mostrado. Quando se quebra a primeira linha de marcação do Flamengo, chega-se ao outro lado do campo com a defesa rubro-negra em inferioridade numérica.
Aconteceu na jogada do primeiro gol do Vasco. Se observar apenas a conclusão da jogada, Marrony e Rossi já estão diante de um paredão rubro-negro, que erra na marcação e permite a Marrony finalizar. Mas quando o jovem atacante vascaíno atravessa a linha do meio-de-campo, há três cruzmaltinos contra dois flamenguistas.
O Athletico Paranaense ficou nessa situação nove vezes e finalizou sete vezes contra o gol de Diego Alves. Nenhum outro time acertou tanto a meta do goleiro rubro-negro quanto a equipe de Tiago Nunes. O Vasco finalizou nove vezes ao todo, seis na meta. Quem mais fustigou o goleiro do Flamengo foi o Goiás: 16 finalizações totais. Só cinco na meta.
No final do primeiro turno, o rolo compressor de Jorge Jesus não permitiu nenhuma finalização certa nem ao Palmeiras nem ao Santos. Isso mudou. Todos os jogos do segundo turno tiveram finalizações no alvo. São Paulo e Chapecoense só chutaram uma vez com direção. Athletico Paranaense e Vasco, os recordistas.
A agressividade do Flamengo é brilhante e deve prosseguir por muito tempo. Não existe bônus sem ônus, prós sem contras. Daí que por marcar por pressão todo o tempo, quem consegue ultrapassar a primeira linha de marcação fica no mano a mano e tem chance de fustigar o Flamengo. Todos os times já perceberam isso. Vasco, Athletico Paranaense, Goiás e Bahia incomodaram. Mesmo assim, desses quatro adversários, dois empataram e dois perderam o jogo para os rubro-negros.
No caso de Flamengo 4 x 4 Vasco, o ponto forte rubro-negro foi individual e não coletivo. Chama-se Bruno Henrique.
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