Fogos de artifício de presidente ainda travam confiança de Sampaoli

Se vencer o clássico contra o São Paulo, neste sábado (16) na Vila Belmiro, e se o Internacional não vencer o Corinthians no domingo, o Santos garantirá matematicamente a vaga na fase de grupos da próxima Libertadores.

A informação poderia gerar comemoração e planejamento antecipado para 2020, mas as declarações recentes do presidente José Carlos Peres inibem esse conforto.

No departamento de futebol, pegam mal às declarações do presidente afirmando que o Santos brigará pelo título no ano que vem, contraste com a realidade financeira que se apresenta e que obriga a ter pés no chão e análise criteriosa do mercado para ser competitivo no ano que vem, como foi neste ano.

Também pegou mal a crise política, com o vice-presidente Orlando Rollo tentando mudar os integrantes do Conselho gestor. A análise no vestiário é de que José Carlos Peres criou três problemas novos com apenas uma declaração contra o VAR: 1. Sua própria suspensão; 2. A crise política; 3. A irritação do Flamengo, que pode ser um parceiro para alguns reforços para 2020, como com Jean Lucas no primeiro semestre.

Tudo isso ainda tem impacto na hipótese de Jorge Sampaoli permanecer no ano que vem. O técnico argentino tem contrato por mais um ano, gostaria de continuar, mas deseja um projeto confiável.

O que mais dificulta essa certeza não é a falta de dinheiro. É a falta de confiança no discurso de Peres. A avaliação é de que as declarações recentes do presidente não passam de fogos de artifício.