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Coluna do PVC

Novo modelo do Palmeiras depende de decisões livres de pressão

PVC

04/12/2019 15h14

Liberdade de expressão está prevista na Constituição de 1988. Liberdade de mostrar o rosto e dizer o que pensa.

Esta premissa parece perdida em tempos de covardia digital.

Uma pessoa qualquer não se identifica, dá lá um nome no twitter de "Nós somos o Clube tal" e desce a lenha em quem quer que seja. Quando se abre o endereço digital, há ali dois, três seguidores. Às vezes 4 mil… Não é irrelevante. É covarde.

Tudo o que o idiota digital deseja é que alguém replique a estupidez que ele publica. Bingo! Ganhou mais dois seguidores. Agora tem 4 mil e dois…

Liberdade de expressão exige coragem. Falar e mostrar o rosto. Sou contra. Sou a favor. Penso e pondero sobre os dois aspectos.

O que se fez na manhã desta quinta-feira com Rodrigo Caetano foi mais um caso de covardia explícita das redes sociais.

Não importa se o Palmeiras pretende contratar Rodrigo Caetano para ser diretor-executivo, se prefere Diego Cerri, que é excelente, ou se pretende um terceiro nome, como se diz internamente.

A ideia central do Palmeiras montar uma nova estrutura de trabalho é a liberdade para escolher. O nome de quem ajudará ao novo projeto palmeirense será escolhido por quem foi eleito para isso.

Em tempos de intolerância digital, as pessoas se travestem de democráticas. E dizem: "Quem pensa assim é ingênuo, ou  burro ou tem interesse ou é amigo."

Para!

As pessoas pensam diferente simplesmente porque pensam.

 

É provável que Rodrigo Caetano permaneça no Internacional. Ele não comunicou a direção colorada de nenhum contato do Palmeiras. Também não atendeu ao telefone nesta quinta-feira.

Está centrado na decisão contra o São Paulo, no Morumbi.

Diego Cerri já foi sondado e pensa sobre o assunto. A diretoria do Bahia entende que, se aceitar, será difícil a reposição, mas ninguém é insubstituível. Há uma chance grande de aceitar. Mas uma pessoa próxima a ele tem certeza de que não sairá do Bahia.

Nos corredores do Palmeiras, diz-se que pode haver um terceiro nome, guardado em sigilo.

Não importa quem seja.

Importa que não exista decisão forçada pela intolerância.

Sobre o Autor

Paulo Vinicius Coelho é jornalista esportivo, blogueiro do UOL, colunista da Folha de S. Paulo. Cobriu seis Copas do Mundo (1994, 1998, 2006, 2010, 2014 e 2018) e oito finais de Champions League, in loco. Nasceu em São Paulo, vive no Rio de Janeiro e seu objetivo é olhar para o mundo. Falar de futebol de todos os ângulos: tático, técnico, físico, econômico e político, em qualquer canto do planeta. Especializado em futebol do mundo.

Sobre o Blog

O blog tem por objetivo analisar o futebol brasileiro e internacional em todos os seus aspectos (técnico, tático, político e econômico), sempre na tentativa de oferecer uma visão moderna e notícias em primeira mão.