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Coluna do PVC

Flamengo trabalha para time inteiro de 2019 jogar junto em 2020

PVC

03/01/2020 14h14

A Internazionale não recebeu nenhuma proposta oficial, nem de Chelsea, nem de West Ham, nem de Tottenham, por Gabriel. Ou seja, a situação do atacante do Flamengo, cujo contrato se encerrou em 31 de dezembro, segue igual. Se Gabriel quiser jogar no Flamengo, o clube brasileiro pode consolidar o acordo preliminar que possui com a Internazionale, pagar em torno de 16 milhões de euros por 80% do contrato e seguir com o artilheiro do Brasil em 2020.

A tentativa de convencimento de Gabriel passa pelo fato, quase incontestável, de que se jogar no mesmo nível do ano passado, é impossível ficar fora da seleção brasileira e, por conseqüência, inevitável que Tite o convoque para a Copa do Mundo do Catar, em 2022.

Paralelamente a isso, o Flamengo negocia a renovação de Bruno Henrique. O conceito é que um jogador com o nível de atuação do atacante rubro-negro precisa ter o reconhecimento depois de ter sido o melhor, ou segundo melhor jogador brasileiro do ano passado. Ninguém na Gávea exclui a hipótese de chegar  uma proposta de algum lugar que possa pagar mais. Mas faz tudo o que pode para manter Bruno Henrique.

O contrato é de dois anos e deve ser estendido.

Ná Gávea, há quem diga que a chance de o time titular de 2019 começar 2020, quando o Flamengo de fato voltar das férias, é de 70%. Não será assim no início do Campeonato Carioca, porque a decisão é de iniciar o estadual com a equipe sub-20. Mas esta porcentagem vale, por exemplo, para o jogo da Supercopa do Brasil, em 16 de fevereiro, contra o Athletico Paranaense.

Muita coisa mudou no futebol brasileiro desde que o Flamengo de Zico foi campeão mundial de 1981. A principal foi o crescimento do êxodo de jogadores para o exterior. A vitória sobre o Liverpool, em 13 de dezembro de 1981, foi sucedida pela abertura do Brasileirão, em 20 de janeiro de 1982. Em campo, estavam dez titulares, na vitória de virada por 3 x 2 sobre o São Paulo: Raul, Leandro, Marinho, Mozer e Júnior; Andrade, Adílio e Zico; Chiquinho, Nunes e Lico. Só Tita não jogou.

Mas no dia 16 de fevereiro, vitória por 4 x 3 sobre o São Paulo, os onze titulares estavam em campo, pela quarta e última vez na história: Raul, Leandro, Marinho, Mozer e Júnior; Andrade, Adílio e Zico; Tita, Nunes e Lico.

O trabalho do Flamengo atual é para ter Diego Alves, Rafinha, Rodrigo Caio, Pablo Marí e Filipe Luís; William Arão; Éverton Ribeiro, Gérson e De Arrascaeta; Bruno Henrique e Gabriel juntos por mais vezes. Até hoje, eles jogaram os onze em conjunto em oito partidas. São seis vitórias, um empate e uma derrota, contra o Liverpool.

Sobre o Autor

Paulo Vinicius Coelho é jornalista esportivo, blogueiro do UOL, colunista da Folha de S. Paulo. Cobriu seis Copas do Mundo (1994, 1998, 2006, 2010, 2014 e 2018) e oito finais de Champions League, in loco. Nasceu em São Paulo, vive no Rio de Janeiro e seu objetivo é olhar para o mundo. Falar de futebol de todos os ângulos: tático, técnico, físico, econômico e político, em qualquer canto do planeta. Especializado em futebol do mundo.

Sobre o Blog

O blog tem por objetivo analisar o futebol brasileiro e internacional em todos os seus aspectos (técnico, tático, político e econômico), sempre na tentativa de oferecer uma visão moderna e notícias em primeira mão.