Manga está mal. Pior está o país que não se lembra dele
Brilhante matéria de Bruno Rodrigues, na Folha de S. Paulo desta sexta-feira.
Começa com o relato do telefonema do cônsul do Uruguai no Equador, Mateus D'Costa, avisando a seu amigo contador, Enrique Singlet, que o eterno goleiro Manga está doente, em Guayaquil, e deseja morrer no Uruguai.
Manga é pernambucano, foi revelado pelo Sport, consagrado no Botafogo, idolatrado no Internacional, eternizado no Operário-MS, mas eterno mesmo é no Nacional, onde foi campeão da Libertadores de 1971, num time histórico composto por Manga, Ubiñas, Ancheta, Masnik e Munica; Montero Castillo, Manero e Espárrago; Cubilla, Artime e Morales.
O brilho daquele Nacional acabou com a hegemonia do Estudiantes, de Bilardo, Pachamé e da maior guerrilha boleira já vista na Libertadores. O time que Bilardo admitia levar alfinetes no calção para espetar adversários, mas esbarrou nos gols de Artime e nas defesas de Manga.
Goleiro da seleção brasileira na Copa do Mundo de 1966, é incrível que Manga seja um ídolo do futebol da América do Sul esquecido no Brasil. O maior goleiro da história do Botafogo, do Internacional, um dos maiores da história do Coritiba, onde foi herói do título paranaense de 1978, defendendo pênaltis com uma joelheira no joelho bom, porque induziria os cobradores a chutarem do lado que não tinha lesão.
Ainda foi campeão gaúcho pelo Grêmio, antes de rumar para o Barcelona de Guayaquil.
Antes de partir, seja no Equador ou no Uruguai, Manga merece ser lembrado no Brasil como um dos maiores goleiros que o país já produziu.
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