Choque-Rei sem reforços e sem gols

Jogar em Araraquara às 16 horas, no verão do interior de São Paulo, é certeza de que haverá poucas emoções Não é desculpa, mas indica a necessidade de a Federação Paulista pensar sobre os horários de jogos que façam torcedores, no estádio (vazio) ou em frente à TV, tenham emoção. Caso contrário, vão assistir à Juventus de Turim, ao Real Madrid ou à partida internacional que passe no mesmo momento em sua televisão.

Além da falta de gols e de emoção, foi o primeiro Choque-Rei disputado no primeiro semestre sem reforços, desde 1979, quando o Palmeiras venceu o São Paulo por 2 x 0, gols de Baroninho e Zé Mário. Daquela vez, a razão da falta de reforços era a disputa de um Campeonato Paulista que começou em 20 de agosto de 1978 e só terminou em 28 de junho de 1979.

Não dava para contratar.

Desta vez, imagina-se que a falta de contratações possa representar o aumento de entrosamento. Não foi o que houve.

O Palmeiras foi melhor no primeiro tempo, mas o São Paulo sempre teve mais posse de bola. No entanto, com Daniel Alves e Hernanes como meias, perdeu força na faixa central do campo. Depois da entrada de Liziero, na vaga de Helinho, o São Paulo passou a ter Vítor Bueno pela direita. Não resolveu.

Luxemburgo fez seu time ter menos tempo de bola no pé e mais perigo no araque, Bolas chutadas na trave por Ramires, no primeiro tempo, e por Luís Adriano, no segundo.

Apesar de estar mais perto do gol, não dá para dizer que o Palmeiras tenha merecido vencer. O clássico mereceu o empate.