Final da Champions: a Juve era a melhor do mundo e perdeu do Barcelona
A situação deste sábado em Berlim é clara. O Barcelona foi o melhor time da temporada, especialmente depois do pacto firmado entre os jogadores, após a derrota para a Real Sociedad, em janeiro. A Juventus, melhor equipe da Itália, marcou 103 gols na temporada, menos do que os 120 do trio Messi, Suárez e Neymar — o Barcelona marcou 172 vezes. A situação é inversa à do primeiro encontro entre os dois clubes em Liga dos Campeões, na temporada 1985/86.
Naquela época, o melhor time do planeta e campeão intercontinental era a Juventus de Turim. Timaço: Tacconi, Favero, Scirea, Brio e Cabrini; Bonini, Manfredonia e Platini; Briaschi, Michael Laudrup e Mauro. O Barcelona não chegava à final da Liga dos Campeões desde 1961, quando perdeu para o Benfica por 3 x 2 em Berna, na Suíça, e atribiuiu a derrota às bolas nas traves, quadradas naquela época. Os barcelonistas dizem até hoje que se a trave fosse redonda, pelo menos em um lance a bola tocaria nela e entraria. Mas em todas o bico retangular devolveu o chute para dentro do campo.
O Barça não era um time de toque de bola e marcação pressão, à holandesa. Jogava à inglesa, dirigido pelo técnico Terry Venables, que orientou a Inglaterra na Eurocopa de 1996. A Juve marcava individualmente, como mandava a escola italiana, mas fazia tudo para privilegiar Michel Platini. Às vésperas da Copa do Mundo do México, o craque francês era apontado por muita gente como o melhor jogador do planeta.
Mas quem brilhou foi o Barça. No primeiro jogo, no Camp Nou, vitória por 1 x 0, gol de Julio Alberto. No segundo, empate por 1 x 1 no velho estádio Comunale de Turim, hoje Olímpico, onde joga o Torino.
Veja abaixo as fichas dos jogos do tempo em que a Juventus era a melhor equipe do mundo e o Barça a venceu. Exatamente o que os italianos gostariam que se repetisse neste sábado, em Berlim.
Depois de eliminar a Juve, o Barcelona enfrentou o IFK Gotemburgo nas semifinais e só se classificou na disputa por pênaltis, com dois placares de 3 x 0, um para cada lado. A decisão foi em Sevilha, o que ampliava o favoritismo do Barcelona contra o Steaua Bucareste. Mas o Barça perdeu a taça nos pênaltis, com quatro defesas do goleiro romeno Dukhadan. Meses depois, o arqueiro teve de abandonar a carreira, por um problema articulatório nas mãos. Na Romênia, por muito tempo prevaleceu a lenda de que Ducadan teve as mãos marteladas por ordem do ditador Nicolae Ceaucescu, que tinha ciúme do sucesso dos jogadores. O meia Gheorghe Hagi contou a este blogueiro a história verdadeira durante a Copa do Mundo de 1994.
PRIMEIRO JOGO – VEJA O JOGO INTEIRO, SE QUISER
LIGA DOS CAMPEÕES – QUARTAS-DE-FINAL – JOGO DE IDA
Local: Camp Nou (Barcelona); Juiz: Erik Fredriksson (Suécia); Gol: Julio Alberto 37 do 2o tempo
LIGA DOS CAMPEÕES – QUARTAS-DE-FINAL – JOGO DE VOLTA
19/março/1986
Local: Comunale (Turim); juiz: Jan Keizer (Holanda); Gols: Archibald 32, Platini 44 do 1o tempo
JUVENTUS: Tacconi, Favero, Brio, Scirea e Cabrini; Bonini (Pin 16 do 2o), Manfredonia e Platini; Mauro (Bonetti 31 do 2o), Pacione e Michael Laudrup. Técnico: Giovanni Trapatoni
BARCELONA: Urruti, Gerado, Alexanco, Moratalla e Migueli; Julio Alberto, Victor (Fradera 36 do 2o), Esteban e Calderé; Carrasco e Archibald (Marcos 5 do 2o). Técnico: Terry Venables
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