Por adiantamento, clubes aceitam redução de 25% das cotas de TV
Atlético Mineiro, Botafogo, Corinthians, Cruzeiro, Sport, Vasco e Vitória aceitaram as condições para renovação do contrato com a TV Globo a partir de 2019 e isso diminuirá os ganhos do contrato atual em até 25%. A informação foi confirmada pelo presidente do Botafogo, Carlos Eduardo Pereira. Ele explica que aceitou as condições, porque precisava do adiantamento oferecido pelo novo contrato, em torno de R$ 40 milhões. "Não é uma redução pura e simples, mas condicionada aos ganhos que teremos pelo adiantamento", explicou Pereira.
O Botafogo confirma que essa condição foi imposta nos contratos, mas pode falar especificamente sobre o seu próprio acordo. Como cada contrato é individual, é possível que existam condições diferentes para alguns outros clubes. Mas a informação é que os adiantamentos foram condicionados à redução do contrato em vigência para todos os que assinarem a partir de 2019.
"Eu ainda não sei. Vou fazer reunião nesta semana", diz o presidente do Corinthians, Roberto de Andrade.
O São Paulo não aceitou a condição imposta e negociou separadamente. O contrato que será apreciado pelo Conselho Deliberativo nesta terça-feira tem proposta da Rede Globo de pagar R$ 60 milhões de luvas, não adiantamento. Luvas são uma recompensa pela assinatura, não uma antecipação descontada adiante, como nos casos de Atlético, Botafogo, Corinthians, Cruzeiro, Sport, Vasco e Vitória.
Além disso, o São Paulo coloca em contrato a obrigação de divisão equilibrada de cotas, no contrato entre 2019 e 2024. Ou seja, uma adaptação do modelo inglês do rateio do dinheiro: 40% igualmente, 30% por performance e 30% por exposição.
"Nós também recebemos esse compromisso", diz o presidente do Botafogo, Carlos Eduardo Pereira. Diferentemente do São Paulo, isso não está em contrato, no caso botafoguense.
Flamengo e Palmeiras têm neste momento as posições mais soberanas. Não precisam de antecipações e não procuram nem Rede Globo nem Esporte Interativo para negociar as renovações. O contrato acaba em 2018 e, até agora, a intenção das duas diretorias é negociar o novo acordo apenas quando o atual estiver próximo do fim. Até lá, as condições do país, dos clubes e das emissoras podem ser diferentes do que o mercado indica atualmente.
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