Cuca repete seus piores inícios em trabalhos de sucesso. Supersticioso...

Dizem que Cuca é supersticioso. Em sua apresentação ao Palmeiras, semana passada, o técnico admitiu suas manias, descartou algumas, riu de outras. Claro que não é por superstição que o Palmeiras de Cuca perdeu suas três primeiras partidas. É por falta de um time treinado mesmo. Para quem é supersticioso ou simplesmente otimista, vale a lembrança de que o início péssimo repete o começo do novo técnico em alguns trabalhos brilhantes.

Não apenas no Atlético, das seis derrotas nos seis primeiros jogos. No Goiás, Cuca só venceu na terceira partida, seu único triunfo até ganhar no nono compromisso. Pelo Fluminense, dois empates nos dois primeiros jogos e uma goleada por 5 x 1 sofrida para o Grêmio. A quarta participação, com vitória sobre o Avaí, foi um hiato numa seqüência de resultados ruins estancada apenas com triunfo sobre o Atlético, perto da condenação ao rebaixamento.

Depois disso e da virada sobre o Cruzeiro, nasceu o time de guerreiros.

Se Cuca vai repetir o início péssimo e a continuidade ótima dependerá de corrigir defeitos que parecem insolucionáveis hoje. O primeiro tempo do Palmeiras foi horrível. Nem a superioridade numérica evitou gol de contra-ataque. O segundo tempo também não revelou um time com evolução tática. Na base do abafa, até poderia ter emaptado o jogo contra o Red Bull. Não por méritos coletivos.

Hoje, o Palmeiras está dois pontos acima da zona de rebaixamento e é o único dos grandes vice-líder em seu grupo — todos os demais lideram. De positivo na noite de quarta-feira, só a entrevista coletiva de Cuca, prometendo que nos torneios de regularidade — ele fala do Brasileirão — o Palmeiras vai brigar para ser campeão. Foi uma promessa solene.

Hoje, a única razão para acreditar nisso é ser supersticioso.