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Coluna do PVC

Força do vestiário e das bolas paradas leva o São Paulo à semifinal

PVC

18/05/2016 23h34

Tudo o que não se jogou no Morumbi no jogo de ida apareceu no primeiro tempo do Independência. Apesar do excesso de erros de passe, havia ousadia e busca pelo gol o tempo inteiro. Especialmente, porque os dois times procuravam as jogadas nos erros mais conhecidos dos adversários. O Atlético usava as costas do lateral esquerdo Mena, setor mais frágil no sistema de cobertura. Também as bolas cruzadas. Dos 11 gols sofridos pelo São Paulo na Libertadores, nove foram de cruzamentos. O nono marcado por Carlos depois de levantamento de Douglas Santos.

O primeiro gol do Atlético foi nas costas de Mena.

Se o Atlético tinha o domínio e a agressividade, não cuidou da maior arma do Sao Paulo desde a chegada de Edgardo Bauza. Dos 39 gols deste ano, 16 foram fruto de bolas paradas, faltas, escanteios, pênaltis.

Mas o que mais transformou o São Paulo em suas atuações desde o início do ano foi a mudança do ambiente no vestiário. Trabalho de bastidores que serviu para recuperar Michel Bastos, que não foi bem no Independência, para ter Ganso como líder, para fazer um ambiente de confiança. Da derrota para o São Bernardo para cá, em 50 dias, quando a torcida chamava Michel Bastos de Migué e os jogadores testavam a força de Edgardo Bauza, as coisas se transformaram.

O São Paulo não é um time de técnica e segue sem vencer como visitante na Libertadores, como nas duas campanhas vencedoras de Edgardo Bauza. Mais do que qualidade, hoje é um time de caráter.

18/maio/2016

ATLÉTICO MINEIRO 2 x 1 SÃO PAULO – 21h45

Local: Independência (Belo Horizonte); Juiz: Andrés Cunha (Uruguai); Carlos Pastorino, Horácio Ferreiro; Gols: Cazares 7, Carlos 11, Maicon 14 do 1º; Cartão amarelo: Michel Bastos (25'), Maicon (38'), Eduardo (45'), Leonardo Silva (27'); Expulsão: Leandro Donizete 48 do 2o

ATLÉTICO MINEIRO: 1. Victor (5,5), 2. Marcos Rocha (6), 3. Leonardo Silva (5,5), 4. Erazo (5) e 6. Douglas Costa (6,5); 8. Leandro Donizete (7) e 30. Eduardo (7) (10. Dátolo 40 do 2º (sem nota)); 29. Patric (5,5) (23. Clayton 23 do 2º (6)) , 11. Cazares (6,5) e 13. Carlos (6,5) (22. Carlos Eduardo, intervalo (5)); 9. Pratto (5,5). Técnico: Diego Aguirre

Banco: 24. Uilson, 15. Edcarlos, 18. Lucas Cândido, 10. Dátolo, 22. Carlos Eduardo, 23. Clayton

SÃO PAULO: 1. Dênis (5), 2. Bruno (5,5), 27. Maicon (6,5), 3. Rodrigo Caio (6) e 21. Mena (5,5); 25. Hudson (7,5) e 23. Thiago Mendes (6) (11. Wesley 23 do 2º (6,5)); 30. Kelvin (5), 10. Ganso (6) e 7. Michel Bastos (5) (28. Matheus Reis 32 do 2º (5,5)); 12. Calleri (5,5) (14. Alan Kardec 41 do 2º (sem nota)). Técnico: Edgardo Bauza

Banco:22. Renan Ribeiro, 5. Lugano, 28. Matheus Reis, 17. Rogério, 11. Wesley, 29. Lucas Fernandes, 14. Alan Kardec

Sobre o Autor

Paulo Vinicius Coelho é jornalista esportivo, blogueiro do UOL, colunista da Folha de S. Paulo. Cobriu seis Copas do Mundo (1994, 1998, 2006, 2010, 2014 e 2018) e oito finais de Champions League, in loco. Nasceu em São Paulo, vive no Rio de Janeiro e seu objetivo é olhar para o mundo. Falar de futebol de todos os ângulos: tático, técnico, físico, econômico e político, em qualquer canto do planeta. Especializado em futebol do mundo.

Sobre o Blog

O blog tem por objetivo analisar o futebol brasileiro e internacional em todos os seus aspectos (técnico, tático, político e econômico), sempre na tentativa de oferecer uma visão moderna e notícias em primeira mão.