Pela segunda vez, Jô faz gol da vitória em Dérbi
Aconteceu no Dérbi do Campeonato Brasileiro de 2004. Reta final da Olimpíada, quando Jô marcou e o Corinthians venceu o Palmeiras por 1 x 0. O gol da vitória desta vez foi mais saboroso para o centroavante do Corinthians, que entrou no segundo tempo no lugar de Kazim. Mérito também de Maycon, que acreditou até o erro de Guerra. O meia venezuelano entrou na vaga de Raphael Veiga. Parecia não entender o tamanho do clássico ao deixar o novo meia corintiano roubar-lhe a bola e servir Jô, frente a frente com Fernando Prass.
O clássico dos 100 anos será lembrado pelo erro de Thiago Duarte Peixoto, que expulsou equivocadamente o volante Gabriel. Também pelo Palmeiras ter repetido uma coisa que se vê desde o amistoso contra a Ponte Preta. O Palmeiras controla a bola, mas não controla o jogo. Teve 66,4% de posse de bola e quatro chutes no alvo. O Corinthians com 33% do tempo com a bola chutou três vezes.
A transformação do Palmeiras do ano passado para o deste ano é de Cuca para Eduardo Baptista. Da definição rápida logo depois de roubar a bola no campo de ataque para um time mais paciente, que roda até encontrar o espaço na defesa adversária. Demora… A adaptação também pode levar tempo, porque mudou o sistema tático e o sistema de marcação. Mas a paciência pega o adversário organizado e se não houver criatividade não adianta ter o melhor elenco. É necessário transformá-lo na melhor equipe.
O Corinthians trabalha para chegar perto disso. No Bola da Vez, da ESPN Brasil, Fábio Carille admitiu que o Corinthians está abaixo de Palmeiras, Flamengo, Santos e Atlético. "Sabemos e precisamos trabalhar para alcançá-los." Está trabalhando. Em cinco jogos, o Corinthians só sofreu gol em um. É o Corinthians do 1 x 0. O de Tite tantas vezes foi assim, antes de ser visto como um time irresistível, tanto em 2012, quanto em 2015.
Não significa que o Corinthians chegará ao mesmo estágio.
A lição do dérbi dos 100 anos é que é apressado definir um grande time apenas pela quantidade de grandes jogadores. Muitas vezes, sem craques, boas equipes podem ser montadas.
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