Por que o Brasil não para de falar em negócios?
O Brasil é o único país do planeta onde se fala de reforços todos os dias. Não para nunca o mercado de negócios e, principalmente, o de especulações. Claro que havia razão para muita gente julgar que Éverton Ribeiro poderia vir para o Flamengo ou para o São Paulo. O agente do jogador falou com todos os dirigentes e com vários de nós, jornalistas. Mas os dirigentes de Flamengo e São Paulo sempre disseram que não pagariam os 5 milhões de euros para liberar o jogador, que falou em retornar ao Brasil, mas seguiu jogando nas últimas duas semanas.
Depois de Éverton Ribeiro, agora é a vez de Valdivia. Pode ser que saia do Internacional. Pode ser… Mas o Internacional ainda afirma que não tem interesse em negociá-lo, mesmo sabendo que caiu de produção depois do retorno da cirurgia. Sábado à tarde, o presidente do Corinthians, Roberto de Andrade, deixou claro que não havia tido contato. Perguntado se havia ou não chance de haver o negócio se o Inter ligasse, responndeu que era precoce dizer, porque não tinha havido ainda o telefonema. Juro que li, em seguida, que Roberto de Andrade esperava telefonema do Inter para efetivar a negociação.
Não foi isso o que ele disse.
A bolsa de apostas de negócios que podem existir, que existirão e outros que jamais existiram segue assim no mundo todo. Mas na Espanha, Inglaterra, Itália, restringem-se às janelas de transferências de julho e janeiro. No resto do ano, fala-se de realidade. O time está jogando bem ou mal, o desempenho tático e técnico é ruim ou vai levar a qual resultado. Monta-se o time.
Aqui, o ano inteiro alguém alimenta alguma possibilidade de negócio. Em parte, porque o mercado está quase sempre aberto e os times julgam que reforçar é contratar, quando na verdade fortalecer-se é trabalhar o conjunto para melhorar o desempenho.
A janela para contratações do exterior fecha hoje. Pelos depoimentos dos dirigentes do Al Ahli, Éverton Ribeiro seguirá no Oriente Médio. Valdivia… Bom, ele pode sair para o Corinthians, para o Palmeiras, mas também pode seguir no Internacional.
O que vai seguir será a vida do futebol brasileiro, com times se montam e remontam semanalmente, seja pelas contratações que se seguem, seja pela bolsa de apostas que não para.
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