Nova licitação do Maracanã deve permitir clubes na concorrência
O jornalista Maurício Lima, da revista Veja, publicou na manhã de hoje que o governador do Rio, Luiz Fernando Pezão, bateu o martelo e vai realizar nova licitação do Maracanã. O novo processo deve permitir a entrada de clubes, individualmente ou em conjunto com sócios. Na licitação de 2011, vencida pelo consórcio Maracanã S/A, formado pela Odebrecht e com a participação de Eike Baptista, não era permitida a entrada dos clubes, diferente do que aconteceu com o Engenhão, logo depois dos Jogos Pan-Americanos de 2007.
A nova licitação é avaliada como única saída absolutamente segura do ponto de vista jurídico. A empresa de marketing esportivo, Lagardèrè, pretende comprar a concessão da Odebrecht, mas esta ideia poderia ser derrubada nos tribunais.
O presidente do Flamengo, Eduardo Bandeira, defende a possibilid"Éade de o Flamengo ser um dos postulantes, sozinho ou com um sócio. O mais provável é que, confirmada a nova licitação, o Flamengo concorra junto com a empresa de marketing esportivo CSM.
"É fácil entender por que os clubes devem concorrer. Dizem que o Flamengo pode ter um outro presidente daqui a alguns anos, uma gestão de aventureiros. Mas basta olhar para quais eram nos sólidos empresários nos anos 80 e 90 e entender. Confiávamos em empresas como Mappin, Mesbla, Banco Econômico, Banco Nacional, Bamerindus, Arapuã, Sharp…"
A expectativa é que um novo processo licitatório defina a situação do Maracanã até dezembro. Até lá, teria de haver uma medida alternativa, ou com a Maracanã S/A obrigada a cumprir as regras da concorrência que venceu, há quatro anos, ou com os clubes fazendo a administração jogo a jogo.
NOTA DO BLOG – A posição deste colunista sempre foi a favor de que o Brasil tenha estádios modernos e rentáveis. Ou seja, que não se retorne ao modelo em que o Estado administra o estádio. Ao Estado, cabe manter universidades como a UERJ, pagar salários de professores e funcionários públicos, investir em habitação, saúde, educação, pagar bem policiais e oferecer segurança. Tudo o que o Estado do Rio de Janeiro não tem conseguido fazer. A administração do Maracanã deve ser feita pela iniciativa privada. Mas cabe ao Estado cuidar para que o vencedor da concessão cuide do bem público. É isto o que se cobra, quando se percebe que a Maracanã S/A abandonou o estádio. Também cabe ao Estado realizar um processo de licitação limpo.
É exatamente a mesma situação defendida há cinco anos, enquanto havia o processo licitatório. A diferença, espera-se, seja o resultado futuro da administração do Maracanã.
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