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Coluna do PVC

Gol mais rápido e do Sport. Entenda recordes da seleção contra a Austrália

PVC

13/06/2017 09h20

Diego Souza marcou aos 9 segundos o gol mais rápido da história da seleção brasileira contra a Austrália. O recorde anterior pertencia a Willian, do Chelsea, aos 36 segundos da partida contra a Venezuela, com Dunga como técnico, em 2015. Você lerá que Neymar foi o recordista anterior, mas o gol de Neymar aos 14 segundos contra Honduras aconteceu nos Jogos Olímpicos. Está fora da estatística da seleção principal.

Assim também é com o último gol de um jogador do Sport pela seleção. Em 1981, Roberto Coração de Leão, conhecido Roberto do Recife, quando foi chamado por Telê Santana, disputou apenas uma partida oficial com a camisa do Brasil. Foi num 0 x 0 contra o Chile. Na seqüência, o Brasil goleou um combinado da Irlanda por 6 x 0, no estádio Rei Pelé, em Maceió. Roberto marcou um dos gols, mas a partida também não conta para efeito estatístico, porque o adversário não era uma seleção nacional.

A rigor, Diego Souza é o primeiro jogador do Sport a marcar pela seleção desde que Traçaia fez o gol da vitória sobre o Equador, no Campeonato Sul-Americano Extra de 1959. Naquela competição, o Brasil foi representado pela seleção pernambucana.

O Brasil começou bem com bola roubada por Giuliano, que serviu para Diego Souza marcar o gol mais rápido da história da seleção. A partir daí, a seleção não fez um bom primeiro tempo. Tentou subir a marcação e desarmar no campo de ataque, mas não conseguiu. Também tinha dificuldade para fugir da marcação australiana para fazer a transição da defesa para o  ataque. Phillippe Coutinho jogava pela faixa central, com Giuliano aberto na direita. Normalmente, Coutinho joga pelo lado do campo.

Imagina-se que Coutinho possa fazer o papel e que, se for contratado pelo Barcelona, será nessa posição que atuará. Mas ele sente a falta de espaço no setor.

Willian entrou bem e Diego Souza foi destaque da partida, mas ainda vale continuar a procura por um centroavante capaz de ser o reserva de Gabriel Jesus. Diego Souza pode ser o suplente. Mas é provável que se sinta falta de uma outra alternativa para a posição na hora errada, na Copa do Mundo.

Terça-feira,

13/junho/2017

AUSTRÁLIA 0 x 4 BRASIL – 7h (20h)

Local: Melbourne Ground  Cricket Club (Melbourne); Juiz: Mark Clattenbur (Inglaterra); Público: 48.847; Gols: Diego Souza 10 segundos; Thiago Silva 16, Taison 29, Diego Souza 45 do 2º; Cartão amarelo: não houve

AUSTRÁLIA: Langerak (7), Sainsbury (6) (Irvine (5)), Milos Degenek (5) e Wright (4) (Dylan McGowan (5)); Millgan (6), Luongo (5) (Mooy (4,5)), Leckie (5) (Hrustic (5)), Troisi (6) (Rogic (4,5)), Behich (6) e Kruse (6,5); Tim Cahill (6,5) (Jamie Mclaren (5)). Técnico: Ange Postecoclou

BRASIL: Diego Alves (6), Rafinha (6), Thiago Silva (6,5) (Jémerson (6)), Rodrigo Caio (6,5) e Alex Sandro (6); David Luiz (6,5) (Fernandinho (6)); Giuliano (7) (Rodriguinho (6)), Paulinho (7) (Renato Augusto (sem nota)), Coutinho (7,5) (Willian (7)) e Douglas Costa (6) (Taison (6,5)); Diego Souza (7,5). Técnico: Tite

Sobre o Autor

Paulo Vinicius Coelho é jornalista esportivo, blogueiro do UOL, colunista da Folha de S. Paulo. Cobriu seis Copas do Mundo (1994, 1998, 2006, 2010, 2014 e 2018) e oito finais de Champions League, in loco. Nasceu em São Paulo, vive no Rio de Janeiro e seu objetivo é olhar para o mundo. Falar de futebol de todos os ângulos: tático, técnico, físico, econômico e político, em qualquer canto do planeta. Especializado em futebol do mundo.

Sobre o Blog

O blog tem por objetivo analisar o futebol brasileiro e internacional em todos os seus aspectos (técnico, tático, político e econômico), sempre na tentativa de oferecer uma visão moderna e notícias em primeira mão.