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Coluna do PVC

Alemanha, Chile e a cara tática da Copa das Confederações

PVC

29/06/2017 17h04

A Alemanha venceu o México por 4 x 1 sobrando. O México até poderia ter diminuído a vantagem da seleção de Joachim Löw no final do primeiro tempo, mas é fato que os alemães jogaram mais desde o primeiro minuto, com Goretzka brilhando. Pode ganhar o prêmio de melhor jogador do torneio, melhor em campo que foi tanto contra a Austrália quanto contra o México. Draxler concorrer cabeça a cabeça e teve, também, grande atuação.

São seis jogadores dos 23 convocados que jamais haviam sido chamados por Joachim Löw. Difícil chamar de time B, porque muitos jogadores estarão na Copa e alguns serão titulares. Casos de Kimmich, Hector, Draxler e possivelmente Timo Werner.

Este último, jogou diferente contra o México. Em boa parte da partida, ocupou o lado direito quando a equipe não tinha a bola.

E, de novo, a Alemanha usou o sistema 3-4-3 que transforma em 5-4-1 como se fosse uma sanfona. Igual ao Chelsea, de Antonio Conte, campeão inglês.

Muita gente jogou assim na última temporada. O Borussia Dortmund usou este sistema, o Liverpool algumas vezes, o Chelsea sempre, a Juventus em vários jogos.

A vantagem é transformar o 3-4-3 em linha de cinco homens e ampliar a zona de proteção à grande área, na defesa. O risco é não saber fazer e encher de zagueiros, perder a transição ofensiva, morrer preso à frente do seu próprio gol.

A Alemanha sabe fazer. Mas defendeu mais do que precisa. O brilho do time campeão de 2014 era saber jogar e usar os meio-campistas em sua totalidade. Marcar e criar. Hoje, o time faz o gol e se planta com uma linha de cinco homens e outra de quatro.

Não é bom que vire tendência no futebol mundial.

Mas a Alemanha faz isto bem, com a sanfona, como mostrada acima.

O Chile segue jogando no 4-3-1-2, que se transforma em 4-3-3 à medida em que Vidal se desloca para o ataque. O Chile pode vencer a Alemanha no domingo.

 

Sobre o Autor

Paulo Vinicius Coelho é jornalista esportivo, blogueiro do UOL, colunista da Folha de S. Paulo. Cobriu seis Copas do Mundo (1994, 1998, 2006, 2010, 2014 e 2018) e oito finais de Champions League, in loco. Nasceu em São Paulo, vive no Rio de Janeiro e seu objetivo é olhar para o mundo. Falar de futebol de todos os ângulos: tático, técnico, físico, econômico e político, em qualquer canto do planeta. Especializado em futebol do mundo.

Sobre o Blog

O blog tem por objetivo analisar o futebol brasileiro e internacional em todos os seus aspectos (técnico, tático, político e econômico), sempre na tentativa de oferecer uma visão moderna e notícias em primeira mão.