Melhor defesa do Brasileirão em dez anos empurra o Corinthians

Lembra do São Paulo, de Muricy Ramalho, em 2007? No final do primeiro turno, era a melhor defesa da história do Brasileirão, à frente do Palmeiras de 1973, até hoje a melhor média. Na 12a rodada, mesma altura deste momento do Corinthians, Rogério Ceni tinha sofrido só quatro gols. Cássio sofreu cinco.

Isto também em função da defesa do pênalti cobrado por Lucca, que poderia ter incendiado o jogo contra a Ponte Preta, no segundo tempo. Não incendiou, porque o Corinthians tem, além de uma defesa muito bem montada, um goleiro em momento especial.

Um mérito corintiano aparece no discurso de Fábio Carille: "Hoje eu não considero uma boa partida." Não há artimanha para tapar o sol com a peneira. Carille comemora os resultados e está correto. O Corinthians, anormal, como afirmou Cuca, tem 32 pontos, recorde. Para se ter uma ideia, o Cruzeiro de Luxemburgo, em 2003, o mais espetacular campeão brasileiro por pontos corridos, tinha 25 pontos.

O Atlético de 2012 tinha 31. Perdeu o título para o Fluminense, a esta altura o terceiro colocado com 25.

O Corinthians atraiu a Ponte Preta, mas rivalizou na posse de bola, criou o triplo de chances de gol, teve Jô participando dos dois gols e voltando para compor a linha do meio-de-campo quando foi necessário, teve Cássio.

Este Corinthians já está invicto há 26 jogos e não quer perder a seqüência no clássico do Allianz Parque, na quarta-feira. Hoje, parece, a única chance de o campeonato ganhar equilíbrio, é o Corinthians perder na casa do rival. Nas próximas quatro rodadas, serão três fora de casa, contra Palmeiras, Avaí e Fluminense.

Se passar pelo Palmeiras, no Allianz Parque, será difícil imaginar outra derrota em breve.