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Coluna do PVC

CBF não pensa em apressar árbitro de vídeo mesmo depois de gol de mão

PVC

18/09/2017 09h42

A CBF tinha uma promessa de que adotaria o árbitro de vídeo a partir do Brasileirão de 2017. No final do ano passado, o discurso passou a ser de que haveria a ajuda eletrônica a partir do segundo turno. Já estamos na quinta rodada do returno e nada de árbitro de vídeo. O coronel Marcos Marinho, presidente da comissão de arbitragem da CBF, diz que só pretende introduzir o sistema quando não houver riscos de erros. "Não introduzimo ainda o árbitro de vídeo, porque estamos esperando sedimentar o sistema. Várias experiências têm sido feitas pelo mundo, algumas muito em sucedidas, outras não. Estamos também avaliando os custos, verificando os prós e contras", diz Marcos Marinho.

A última frase deixa quicando a pergunta seguinte. Num dia como hoje, após uma rodada em que o líder do Brasileirão venceu com gol de mão, incontestavelmente, há algum aspecto contra? "Houve algumas experiências que geraram polêmica e o sistema é justamente para evitar a polêmica. Por exemplo, na Copa das Confederações", argumenta.

O custo estimado hoje seria de R$ 30 mil por partida, na avaliação do presidente da comissão de arbitragem. Segundo Marcos Marinho, há estudos feitos na Conmebol, que deve introduzir a arbitragem eletrônica nos jogos das semifinais da Libertadores. Dois representantes da CBF, Manoel Serapião Filho e Sérgio Correa, estão em Assunção participando dos estudos.

A CBF não promete mais a introdução do árbitro de vídeo nem para o ano que vem. "Quero esperar que a Fifa defina o protocolo. Até porque novas soluções vão aparecendo rapidamente, talvez mais em conta. Temos que avaliar como introduzir o sistema em todos os estádios. Nas arenas não tem problema nenhum. Mas em outros estádios menores, é muito mais difícil. Temos de introduzir quando estivermos prontos para que não aconteça nenhum erro."

Sobre o Autor

Paulo Vinicius Coelho é jornalista esportivo, blogueiro do UOL, colunista da Folha de S. Paulo. Cobriu seis Copas do Mundo (1994, 1998, 2006, 2010, 2014 e 2018) e oito finais de Champions League, in loco. Nasceu em São Paulo, vive no Rio de Janeiro e seu objetivo é olhar para o mundo. Falar de futebol de todos os ângulos: tático, técnico, físico, econômico e político, em qualquer canto do planeta. Especializado em futebol do mundo.

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