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Coluna do PVC

Quase tudo piorou no Flamengo pós Zé Ricardo

PVC

28/10/2017 22h17

Só a defesa do Flamengo tem índices melhores com Reinaldo Rueda do que tinha com Zé Ricardo. O empate por 0 x 0 com o Vasco confirma a tese. Sonolento, o time não sofreu gol. Também não marcou.

Até a saída de Zé Ricardo, em agosto, o Flamengo disputou 50 partidas em 2017, com 27 vitórias, 15 empates e 8 derrotas. Marcou 92 gols e sofreu 43. Com Rueda, o Flamengo fez 19 partidas, com oito vitórias, oito empates e três derrotas. Marcou 21 gols, sofreu dez.

À parte o absurdo — o Flamengo já fez 70 partidas no ano e pode chegar a 82!!! — os números de Zé Ricardo são melhores em quase tudo.

Com Zé Ricardo, o Flamengo ganhava 54% das partidas. Com Rueda, 42%

Com Zé Ricardo, empatava 30% das vezes. Agora empata mais: 42%

Com Zé Ricardo, o Flamengo perdia  16% dos jogos. Com Rueda, 15%.

Com Zé Ricardo, o time marcava 1,84 gol por partida. Com Rueda, 1.10

Com Rueda, o time sofre 0,52 por partida. Com Zé Ricardo, 0,86.

A culpa não é de Rueda, óbvio.

Os números só indicam como a pressão atrapalha. Não se trata da falta de atualização dos técnicos brasileiros. O treinador campeão da última Libertadores sofre no Brasil, pela falta de tempo para treinar.

Tem de continuar.

O ponto é que não existe milagre. Técnico não tem varinha de condão. O ideal é ter um ano inteiro de trabalho, avaliar o que houve, continuar ou demitir. É o que deve acontecer com Rueda em 2018.

Sobre o Autor

Paulo Vinicius Coelho é jornalista esportivo, blogueiro do UOL, colunista da Folha de S. Paulo. Cobriu seis Copas do Mundo (1994, 1998, 2006, 2010, 2014 e 2018) e oito finais de Champions League, in loco. Nasceu em São Paulo, vive no Rio de Janeiro e seu objetivo é olhar para o mundo. Falar de futebol de todos os ângulos: tático, técnico, físico, econômico e político, em qualquer canto do planeta. Especializado em futebol do mundo.

Sobre o Blog

O blog tem por objetivo analisar o futebol brasileiro e internacional em todos os seus aspectos (técnico, tático, político e econômico), sempre na tentativa de oferecer uma visão moderna e notícias em primeira mão.