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Coluna do PVC

O que é possível melhorar na seleção

PVC

10/11/2017 12h14

O maior risco da seleção brasileira neste momento é a festa demasiada. Parece que tudo está bem, mas há ajustes importantes a fazer para chegar ao melhor momento na Copa do Mundo. O Brasil já é campeão mundial de amistosos. A ideia é ser campeão mundial na Rússia, em 2018.

O primeiro tempo contra o Japão foi bom. Nos primeiros dez minutos, o técnico bósnio Vahid Halihodzic avançou a marcação para dificultar a saída de bola da seleção. Mesmo assim, o jogo saía de pé em pé. Danilo para Thiago Silva, para Jémerson, para Casemiro, para Marcelo…

O Brasil também soube aproveitar a marcação avançada do Japão para jogar em velocidade às costas dos laterais Sakai e Nagatomo. Deu certo. Giuliano finalizou, Kawashima espalmou para escanteio. Num córner, saiu pênalti marcado pelo árbitro de vídeo. Aconteceu de fato. Neymar cobrou e fez 1 x 0.

Cinco minutos depois, velocidade no contra-ataque e pênalti sobre Gabriel Jesus. Neymar cobrou e perdeu.

Do escanteio que nasceu do pênalti perdido, Marcelo fez um golaço de pé direito.

Resolveu o jogo. Mas ainda houve tempo para uma jogada de posse de bola, depois de frear um contra-ataque puxado por Giuliano. Sete jogadores trocaram passes antes do passe de Danilo para o gol de Gabriel Jesus.

Até aqui tudo ótimo.

Mesmo que se perceba um ajuste a fazer. O 4-1-4-1 está virando 4-3-3, com o ataque distante do meio-de-campo em muitos momentos e a recomposição demorando a ocorrer por causa desta distância. Dá para melhorar.

Também chama a atenção outra vez Neymar tomar cartão amarelo, desta vez porque o árbitro de vídeo o viu disputando uma jogada mais ríspida com o lateral Sakai. Não precisava. Um lance assim em Copa do Mundo pode resultar num segundo cartão amarelo ou até num vermelho.

10/novembro/2017

BRASIL 3 x 1 JAPÃO

Local: Pierre Mauroy (Lille); Juiz: Benoite Bastien (França); Gols: Neymar (pênalti) 9, Marcelo 16, Gabriel Jesus 35 do 1o; Makino 18 do 2o; Cartão amarelo: Yoshida, Haraguchi, Neymar

BRASIL: 1. Alisson (6) (16. Cássio, intervalo (5,5)), 22. Danilo (6,5), 14. Thiago Silva (6), 4. Jémerson (6) e 12. Marcelo (7) (6. Alex Sandro 13 do 2o (6)); 5. Casemiro (6); 19. Willian (7) (24. Taison 25 do 2o (6)), 18. Giuliano (7) (8. Renato Augusto 35 do 2o (sem nota)), 17. Fernandinho (6,5) e 10. Neymar (6,5) (7. Douglas Costa 25 do 2o (6)); 9. Gabriel Jesus (6,5) (25. Diego Souza 13 do 2o (5,5)). Técnico: Tite

JAPÃO: 1. Kawashima (5), 19. Sakai (4,5), 22. Yoshida (4), 20. Makino (6) e 5. Nagatomo (5,5); 17. Hasebe (5,5) (10. Inui 23 do 2o (5)); 11. Kubo (4,5) (18. Asano, interval (5,5)), 2. Ideguchi (5), 16. Yamaguchi (5,5) e 8. Haraguchi (5) (14. Morioka 23 do 2o (5)); 15. Osako (4,5) (9. Sugimoto 35 do 2o (sem nota)). Técnico: Vahid Halihodzic

Sobre o Autor

Paulo Vinicius Coelho é jornalista esportivo, blogueiro do UOL, colunista da Folha de S. Paulo. Cobriu seis Copas do Mundo (1994, 1998, 2006, 2010, 2014 e 2018) e oito finais de Champions League, in loco. Nasceu em São Paulo, vive no Rio de Janeiro e seu objetivo é olhar para o mundo. Falar de futebol de todos os ângulos: tático, técnico, físico, econômico e político, em qualquer canto do planeta. Especializado em futebol do mundo.

Sobre o Blog

O blog tem por objetivo analisar o futebol brasileiro e internacional em todos os seus aspectos (técnico, tático, político e econômico), sempre na tentativa de oferecer uma visão moderna e notícias em primeira mão.