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Coluna do PVC

Melhores e piores momentos da rodada de quarta-feira

PVC

08/03/2018 00h56

As surpresas começaram pela escalação do Vasco. Zé Ricardo deixou Evander e Paulinho no banco de reservas, escalou três zagueiros e espelhou o sistema tático do Fluminense, o 3-4-3, que se transforma em 5-4-1. Incrível é por que no Brasil todo mundo copia e nada se cria, do ponto de vista tático. As surpresas continuaram com o desempenho tímido do Santos, mas houve coisas boas e ruins. O resumo da noite de quarta-feira segue abaixo.

CORINTHIANS 1 x 0 MIRASSOL
O Corinthians sofreu com o sistema defensivo do Mirassol e seguiu com seu 4-4-2 clássico, mesmo que muita gente diga 4-2-4. Na linha do meio-de-campo, Lucca pela direita, Ralf e Maycon, pela esquerda Clayson. Na frente, Jádson e Rodriguinho. O meia, camisa 26, tentava inventar jogadas, em vão. No segundo tempo, Carille trocou Jádson, que já estava aberto pela direita, com Lucca mais avançado, por Émerson. Seguiu insosso o jogo, até que Rodriguinho brigou na área e a bola sobrou para Émerson acertar um canudo. O Corinthians mereceu vencer. Pela insistência.

VASCO 0 x 0 FLUMINENSE Zé Ricardo surpreendeu ao montar um sistema tático que era espelho do Fluminense. Linha de cinco na defesa, com quatro no meio e só um atacante, exceto quando atacava, com três zagueiros, quatro em linha no meio-de-campo, três avantes. Na prática, Paulão, Erazo e Werley; Yago Pikachu, Wellington, Desábato e Henrique; Wágner, Riascos e Rildo.

O Fluminense começou melhor, mas o jogo acabou igual. Um único grande momento: Sornoza chutou na trave, para o Fluminense.

CRUZEIRO 3 x 0 URT Mano Menezes poupou titulares, mas montou o sistema que pensava desde janeiro. Em vez de dois volantes e três meias, três volantes e dois meias. Toda vez que a bola escapava para o lado direito da defesa, Bruno Silva fazia a cobertura. O mesmo valia para Mancuello do outro lado. Mas os volantes pelos lados não saíam para o ataque como pontos, como funciona no 4-2-3-1. Escapavam como meias. A liberdade oferecida produziu 45 minutos ótimos, com Thiago Neves, De Arrascaeta e Rafael Sóbis definindo a vitória. No segundo tempo, o Cruzeiro não seguiu o mesmo ritmo.

FLAMENGO 3 x 0 BOAVISTA Três gols de bola parada. O primeiro foi rebote do escanteio, com Rodinei acertando o canto. Depois, falta belíssima de Diego. Por último, falta bem cobrada por Lucas Paquetá. Não é pouco, mas o time tem espaço demais entre a defesa, o meio-de-campo e o ataque. A torcida do Flamengo voltará a reclamar. A questão é o jogo de terça-fei

Sobre o Autor

Paulo Vinicius Coelho é jornalista esportivo, blogueiro do UOL, colunista da Folha de S. Paulo. Cobriu seis Copas do Mundo (1994, 1998, 2006, 2010, 2014 e 2018) e oito finais de Champions League, in loco. Nasceu em São Paulo, vive no Rio de Janeiro e seu objetivo é olhar para o mundo. Falar de futebol de todos os ângulos: tático, técnico, físico, econômico e político, em qualquer canto do planeta. Especializado em futebol do mundo.

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O blog tem por objetivo analisar o futebol brasileiro e internacional em todos os seus aspectos (técnico, tático, político e econômico), sempre na tentativa de oferecer uma visão moderna e notícias em primeira mão.