O barril de pólvora do Flamengo
Mais um grupo de doze torcedores causou tumulto no aeroporto do Galeão durante o embarque do Flamengo para Fortaleza, onde enfrentará o Ceará no domingo à tarde. O Flamengo tentou fazer seu ônibus entrar por um portão alternativo, mas mesmo assim não escapou das agressões. Bateu na trave o meia Diego levar um tapa ou coisa pior.
A crise do Flamengo é absolutamente desproporcional.
Em 2017, o time chegou a três finais, o que não havia acontecido no século 21. Perdeu duas. De fato, é importante. Ganhou o Carioca. Nada, na opinião geral…
Pois neste ano, a crise aumentou quando perdeu o Carioca.
O time titular do Flamengo só perdeu um jogo neste ano, para o Botafogo. O time reserva caiu contra o Fluminense e o time misto para o Macaé. São as únicas três derrotas do ano.
O Flamengo joga pessimamente. É fato.
Está abaixo da expectativa. A expectativa é a mãe da frustração.
Mas ninguém vencerá nenhum campeonato na semana que vem e a classificação para a Libertadores pode acontecer na quinta rodada, se vencer o Emelec e o River não perder do Santa Fé.
Há erros do Flamengo. O principal foi contratar Carpegiani. A falta de títulos em seu currículo indicava o risco. O outro foi sucumbir à pressão e provocar o efeito dominó depois de perder para o Botafogo, com a queda de Rodrigo Caetano e a consequente saída de Carpegiani, sem ninguém pronto para substituí-lo.
São erros graves que afetam o vestiário e este passa a desconfiar da administração do futebol.
Mas deste tamanho? Três protestos no aeroporto na mesma semana? Contra um time que perdeu três vezes em 22 partidas.
Está jogando mal. Está abaixo da expectativa.
Mas crise assim nesta altura do ano não faz o menor sentido.
Em tempo: Cuca não foi procurado pelo Flamengo para ser o novo técnico. Por enquanto, é Maurício Barbiéri.
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