Argentina faz refletir sobre trabalho de seleções
É óbvio que a Argentina fracassa por sua própria desorganização, por ter sete técnicos nos últimos nove anos, por não possuir um ciclo completo de Copa do Mundo desde 2006. Mas Zlatko Dalic, técnico da Croácia, assumiu a seleção da Croácia em outubro, três meses e três empates depois de Sampaoli.
Há diferenças fundamentais na tentativa de comprometer os jogadores. Talvez isto explique. A Croácia sabia desde dois anos atrás que a Copa do Mundo seria a última chance de uma geração demonstrar que pode ser respeitada como foi a geração de Suker.
Em dois jogos, Rakitic, Modric e Mandzukic mostraram que sim.
E Messi entra para a história pela porta dos fundos. Um dos maiores jogadores da história do futebol pode participar da história de seu país em Copas do Mundo como entraram Nestor Rossi, Angel Labruna e Angel Carrizzo, humilhados por 6 x 1 pela Tchecoslováquia em 1958.
A eliminação não está sacramentada. A derrota forte, sim.
Sampaoli até agora fracassou. Recuperar-se requer vencer a Nigéria, classificar-se e mudar tudo nos mata-matas. Caso contrário, terá seu sucesso em clubes da América do Sul discutiro depois da passagem pelo Sevilla e pela seleção argentina. Mas não setá definido.
Fato é que a Argentina chora. Por quatro vezes, caiu na primeira fase. Em 1934, 1958, 1962 e 2002. Também ficou em terceiro lugar na chave e foi salva pelo regulamento em 1990 e 1994.
Este blog discorda do sentido comum de que a Argentina tenha entrado no sistema 3-4-3. Entrou no 4-4-2, com Mascherano escorregando às vezes para o meio-de-campo, mas jogando como zagueiro, entrando e saindo da linha de quatro. Importa pouco. Com três ou quatro atrás, a Argentina caiu para a Croácia.
A Croácia teve Modric como craque do time e do jogo. Rebic foi inteligente para forçar o erro do golerio Caballero, titular do título mundial sub-20 de 2001, mas que só disputou quatro partidas pela Argentina.
A Croácia sonha. Pode enfrentar Dinamarca ou Austrália nas oitavas-de-final e sonhar com as quartas pela primeira vez em vinte anos. Pode pensar em semifinal, claro.
Continua o trauma dos gigantes. Argentina, Alemanha, Portugal, Espanha, França… Todos sofrem. Bom não sacanear além da conta antes de o Brasil entrar em campo contra a Costa Rica.
Quinta-feira, 21/junho/2018
ARGENTINA 0 x 3 CROÁCIA – 15h, 21h
Local: Niznhy Novgorad (Novgorad); Juiz: Rashvan Irmatov (Uzbequistão); Público: 43.000; Gols: Rebic 8, Modric 35, Rakitic 46 do 2º; Cartão amarelo: Vrsalijko
ARGENTINA (3-4-3): 23. Caballero (0), 2. Mercado (5), 17. Otamendi (5,5), 14. Mascherano (5,5) e 3. Tagliafico (5); 18. Salvio (5) (22. Pavón 23 do 2º (5)), 15. Enzo Pérez (5) (21. Dybala 23 do 2º (5)), 13. Meza (4,5) e 8. Marcos Acuña (5,5); 10. Messi (5) e 19. Aguero (4) (9. Gonzalo Higuain 9 do 2º (5)). Técnico: Jorge Sampaoli
CROÁCIA (4-2-3-1): 2. Subasic (6), 2. Vrsalijko (7), 21. Vida (6,5), 6. Lovren (7) e 3. Strinic (6); 7. Rakitic (6) e 11. Brozovic (6,5); 18. Rebic (8) (9. Kramaric 12 do 2º (6)), 10. Modric (8) e 4. Perisic (6,5) (8. Kovacic 37 do 2º (sem nota)); 17. Mandzukic (7) (5. Corluka 45 do 2º (sem nota)). Técnico: Zlatko Dalic
Posse de bola – 42% x 58% – Finalizações – 10 x 15
Homem do jogo Fifa – Modric
Homem do jogo PVC – Modric
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