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Coluna do PVC

A melhor partida de Neymar em duas Copas

PVC

02/07/2018 13h54

O Brasil jogou 25 vezes sob o comando de Tite e só sofreu seis gols, em seis partidas diferentes, nunca duas vezes no mesmo dia.
Parece estúpido dizer isto no dia em que Neymar fez sua melhor apresentação nas duas Copas do Mundo que disputou. Mas a defesa é a sustentação para um time que parece ter certeza de que fará um gol em cada jogo. A última vez em branco foi contra a Inglaterra, em novembro.

O México espelhou o Brasil, copiou o sistema de Tite e bloqueou os laterais. Impôs dificuldade pelos primeiros trinta minutos. Não dava para sair pelos laterais, como Tite gosta. Por vezes, a bola era lançada longa para o ataque, batia e voltava. Para corrigir isso, só as triangulações eficazes pelos dois lados do gramado.

Estas só começaram a partir da metade do primeiro tempo.

Caiu a lenda de que quando o Brasil tem mais espaço, quando é atacado, tem menos problemas. Ao contrário, foi o jogo em que houve mais dificuldades. Mas melhorou muito com Neymar conduzindo a equipe para corrigir a falta de espaço de Coutinho, marcado de perto por Rafa Márquez no primeiro tempo.

Para corrigir isso, Tite também mudou o posicionamento de Neymar. Virou atacante por dentro, com Coutinho pela esquerda, bem aberto, longe da marcação, e Neymar perto do gol. Foi dele o passe para Willian e foi ele quem recebeu o cruzamento.

Clareou muito.

Foi também Neymar quem fez o passe para Firmino fazer seu sétimo gol pela seleção.

O Brasil teve problemas porque o jogo era difícil. A Copa do Mundo é. Mas a seleção mostrou firmeza para ir em busca do troféu.

Segunda-feira, 2/julho/2018
BRASIL 2 x 0 MÉXICO – 11h, 17h (18h em Samara)
Local: Cosmos Arena (Samara); Juiz: Gianluca Rocchi (Itália); Público: 41.970; Gols: Neymar 6, Firmino 43 do 2º; Cartão amarelo: Álvarez, Filipe Luís, Herrera, Casemiro (2º)
BRASIL (4-1-4-1): 1. Alisson (6,5), 22. Fágner (6), 2. Thiago Silva (7,5), 3. Miranda (6,5) e 6. Filipe Luís (6); 5. Casemiro (7); 19. Willian (7) (13. Marquinhos 45 do 2o (sem nota)), 15. Paulinho (6,5) (17. Fernandinho 35 do 2º (6)), 11. Coutinho (6) (20. Firmino 40 do 2º (7)) e 10. Neymar (8,5); 9. Gabriel Jesus (6,5). Técnico: Tite
MÉXICO (4-1-4-1): 13. Ochoa (8), 21. Edson Álvarez (5) (6. Jonathan dos Santos 10 do 2º (5,5)), 2. Hugo Ayala (6), 3. Salcedo (6,5) e 23. Jesús Gallardo (5,5); 4. Rafa Márquez (6,5) (7. Layún, intervalo (5)); 22. Lozano (6), 16. Herrera (6,5), 18. Guardado (6,5) e 11. Vela (6,5); 14. Chicharito Hernández (5) (9. Raúl Jiménez 14 do 2º (6)). Técnico: Juan Carlos Osorio
Posse de bola – 46% x 54% – Finalizações – 19 x 11
Homem do jogo Fifa – Neymar
Homem do jogo PVC – Neymar

Sobre o Autor

Paulo Vinicius Coelho é jornalista esportivo, blogueiro do UOL, colunista da Folha de S. Paulo. Cobriu seis Copas do Mundo (1994, 1998, 2006, 2010, 2014 e 2018) e oito finais de Champions League, in loco. Nasceu em São Paulo, vive no Rio de Janeiro e seu objetivo é olhar para o mundo. Falar de futebol de todos os ângulos: tático, técnico, físico, econômico e político, em qualquer canto do planeta. Especializado em futebol do mundo.

Sobre o Blog

O blog tem por objetivo analisar o futebol brasileiro e internacional em todos os seus aspectos (técnico, tático, político e econômico), sempre na tentativa de oferecer uma visão moderna e notícias em primeira mão.