O que a Bélgica tem para ameaçar o Brasil

A Bélgica virou o jogo contra o Japão por duas razões.

Primeiro, porque o técnico Roberto Martinez aumentou a média de estatura e começou a levantar bolas na área. Marcou pelo alto com Vertonghen e com Fellaini.

Segundo motivo: tem muito jogador.

Só se vira um jogo de Copa do Mundo em vinte minutos, quando se tem muito talento. E olha que De Bruyne não está jogando metade do que sabe e do que mostrou na Champions League pelo Manchester City. Lembre-se de que De Bruyne deu 16 passes para gols, quase igualou o recorde de Thierry Henry, de passes. Logo Henry que hoje é seu assistente técnico.

Pois quem dá passes decisivos para gol é Hazard. Que Copa faz o craque do Chelsea!

O Japão fez 1 x 0 num contra-ataque com falha de Vertonghen. Haraguchi. Chegou ao segundo gol numa bola incrível de Inui.

E a Bélgica virou.

Vitória que dá moral.

A Bélgica é o único time que joga com linha de cinco defensores, mas procura o ataque. Só é 5-4-1 quando defende, mas ataca na maior parte do tempo, num 3-4-3. Vai dar trabalho com Hazard pela direita, Mertens pela esquerda. Não deve ter sido à toa que Tite colocou Marquinhos no final do jogo contra o México. Já testa alternativa para o meio do jogo contra a Bélgica. Não para o início.

A grande questão da Bélgica é ser o único time que tem tantos jogadores que resolvem jogos quanto o Brasil e a França.

BÉLGICA 3 x 2 JAPÃO – 15h, 21h
Local: Rostov Arena (Rostov on Don); Juiz: Malang Diedhiou (Senegal); Gols: Haraguchi 2, Inui 8, Vertonghen 24, Fellaini 29, Chadli 47 do 2º; Cartão amarelo: Shibasaki
BÉLGICA (3-4-3): 1. Courtois (5), 2. Alderweireld (6), 4. Kompany (6) e 5. Vertonghen (5); 15. Meunier (7), 7. De Bruyne (6,5), 6. Witsel (6) e 11. Ferreira Carrasco (4) (22. Chadli 19 do 2º (7,5)); 14. Mertens (5) (6. Fellaini 19 do 2º (7,5)), 9. Lukaku (6,5) e 10. Hazard (7,5). Técnico: Roberto Martínez
JAPÃO (4-2-3-1); 1. Kawashima (6,5), 19. Hiroshi Sakai (6), 22. Yoshida (5), 3. Shoji (5) e 5. Nagatomo (6); 7. Shibasaki (7) e 17. Hasebe (6); 8. Haraguchi (7) (4. Honda 35 do 2º (5)), 10. Kagawa (6,5) e 14. Inui (7); 15. Osako (6,5). Técnico: Akira Nishiro
Posse de bola 56% x 44% – Finalizações – 24 x 11
Homem do jogo Fifa – Hazard
Homem do jogo PVC – Hazard