Topo

Coluna do PVC

Bélgica mereceu vencer por mudança tática que Brasil demorou a entender

PVC

06/07/2018 18h00

A Belgica tem um time muito forte, mas não é justo dizer que foi o primeiro teste real do Brasil. Pensar assim é não entender por que a Bélgica está na semifinal. Porque faz parte de uma elite muito mais ampla, com 72% dos jogadores presentes à Copa jogando em ligas do exterior.

Houve um erro de diagnóstico da comissão técnica no início da partida. Havia o entendimento de que De Bruyne continuaria jogando como segundo volante e que como marca pouco, o Brasil poderia usar o funil às suas costas.

Só que Roberto Martínez inverteu Fellaini com De Bruyne, o que estava claro desde que as primeiras prévias começaram a aparecer. Este blog falou sobre esta inversão na manhã desta sexta-feira.

De Bruyne destruiu o jogo. Deu o passe para Fellaini finalizar a jogada que resultou no escanteio. Cobrado, virou gol da Bélgica, contra de Fernandinho.

De Bruyne seguiu por mais vinte minutos solto e foi dele o segundo, marcado aos 30 minutos, contra-ataque cantado.

Das quatro eliminações precoces da seleção brasileira, esta foi a mais valente. Está claro. O Brasil teve 57% de posse de bola, 66% no segundo tempo, chutou 26 vezes, sofreu oito finalizações. A estatística que conta é: Brasil 1 x 2 Bélgica.

A desclassificação é sofrida, porque o trabalho foi bom. Tem de continuar.

BRASIL 1 x 2 BÉLGICA – 15h, 21h
Local: Arena Kazan (Kazan); Juiz: Mirolad Mazic (Sérvia); Público: 42.873; Gols: Fernandinho (contra) 13, De Bruyne 31 do 1º; Renato Augusto 30 do 2º; Cartão amarelo: Alderweireld, Meunier, Fágner
BRASIL (4-1-4-1): 1. Alisson (6), 22. Fágner (6), 2. Thiago Silva (6,5), 3. Miranda (7,5) e 12. Marcelo (4); 17. Fernandinho (4); 19. Willian (5,5) (20. Firmino, intervalo (6)), 15. Paulinho (6) (8. Renato Augusto 28 do 2º (7)), 11. Coutinho (7,5) e 10.Neymar (5,5); 9. Gabriel Jesus (5) (7. Douglas Costa 12 do 2º (7)). Técnico: Tite
BÉLGICA (4-3-3): 1. Courtois (7,5), 15. Meunier (6,5), 2. Alderweireld (6), 4. Kompany (6,5) e 5. Vertonghen (6); 8. Fellaini (6,5), 6. Witsel (6,5) e 22. Chadli (6,5) (3. Vermaelen 37 do 2º (5)); 9. Lukaku (7,5) (17. Tielemans 41 do 2º (sem nota)), 7. De Bruyne (8,5) e 10. Hazard (7,5). Técnico: Roberto Martínez
Posse de bola – 57% x 43% – Finalizações – 26 x 8
Homem do jogo Fifa – De Bruyne
Homem do jogo PVC – De Bruyne

Sobre o Autor

Paulo Vinicius Coelho é jornalista esportivo, blogueiro do UOL, colunista da Folha de S. Paulo. Cobriu seis Copas do Mundo (1994, 1998, 2006, 2010, 2014 e 2018) e oito finais de Champions League, in loco. Nasceu em São Paulo, vive no Rio de Janeiro e seu objetivo é olhar para o mundo. Falar de futebol de todos os ângulos: tático, técnico, físico, econômico e político, em qualquer canto do planeta. Especializado em futebol do mundo.

Sobre o Blog

O blog tem por objetivo analisar o futebol brasileiro e internacional em todos os seus aspectos (técnico, tático, político e econômico), sempre na tentativa de oferecer uma visão moderna e notícias em primeira mão.