Silencio constrangedor
O presidente do Cruzeiro, Wagner Pires de Sá, e o supervisor, Benecy Queiroz, estão em Assunção em busca de explicações para a absurda expulsão de Dedé e para tentarem anular o cartão vermelho. Acreditam na hipótese remota de Dedé enfrentar o Boca Juniors no jogo de volta das quartas-de-final.
Improvável.
Durante toda a manhã, este colunista tentou contato com a Confederação Sul-Americana e com o presidente da Comissão de Arbitragem, o brasileiro Wilson Seneme.
Em vão.
É provável que as reuniões se sucedam e ninguém tenha tempo de dar esclarecimentos exclusivamente a um jornalista. Mas a todos os amantes do futebol, as explicações deveriam ser obrigação. A Conmebol não se manifesta nem sequer para dizer que o árbitro Eber Aquino será afastado.
No passado, o Brasil recusou-se a disputar a Libertadores três vezes. Nenhuma por protestos contra a forma de agir da Confederação. Em 1966, a ausência deveu-se à não concordância com a mudança do regulamento que incluiria os vice-campeões a partir daquela temporada. Em 1969, o problema foi o prolongamento da Taça Brasil de 1968, que indicava os representantes brasileiros. A Libertadores de 1969 terminou em maio e o campeão da Taça Brasil do ano anterior só foi conhecido em outubro, cinco meses depois do término da competição continental. Em 1970, o Brasil recusou-se a disputar a Libertadores, por julgar que atrapalharia a preparação da seleção brasileira para a Copa do Mundo.
As ausências do Brasil nunca foram por reclamações sobre arbitragens ou violência.
O silêncio da Conmebol, de Wilson Seneme e a falta de uma manifestação coletiva do Brasil são constrangedores.
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