Conmebol diz que gol do River foi checado pelo VAR
O presidente da comissão de árbitros da Confederação Sul-Americana de Futebol (Conmebol), o brasileiro Wilson Luiz Seneme, afirmou por telefone que todas as jogadas do clássico Grêmio x River Plate foram checadas pelo VAR. O gol de Borré, supostamente com o braço, também foi. Mas os comissários do vídeo julgaram que não havia evidências suficientes para alertar o árbitro uruguaio, Andrés Cunha, e pedir que revisasse a jogada pelo monitor dentro do campo.
"É diferente do lance do Bressan, em que houve quase um bloqueio de vôlei", disse Seneme, diretamente de Assunção, no Paraguai. Segundo o ex-árbitro brasileiro, não é possível dizer com convicção se o último toque na bola, antes do gol de Borré foi no braço do atacante riverista ou no pé de um zagueiro gremista.
Seneme refuta a tese de que o VAR deve se ater às jogadas objetivas, claras, sem rever jogadas interpretativas. Considera que há lances de interpretação em que pode haver erros claros, com 95% das opiniões favoráveis a um tipo de marcação. "Costumo dizer que o árbitro de vídeo precisa saber separar elefantes de formigas. Durante noventa minutos, vamos nos deparar com uma grande quantidade de formigas. Mas precisamos avisar o árbitro central quando houver um elefante. Uma jogada em que há evidência do erro", compara Seneme.
Não importa, neste caso, se o adversário pediu ou não a revisão. No pênalti de Bressan, o atacante Scocco, do River, sugeria a marcação de escanteio. Andrés Cunha marcou pênalti. Pelo vídeo, um escanteio não pode ser reavaliado Um pênalti faz parte do menu de jogadas passíveis de serem revisadas pelos árbitros da cabine.
Em sua análise, a jogada do gol do River Plate, supostamente marcado com o braço de Borré, é uma formiga, porque a imagem não dá chance de ter convicção do equívoco. A jogada de Bressan, bloqueando a passagem da bola com o braço, é um elefante.
O Grêmio pergunta à Conmebol por que o árbitro de vídeo não sugeriu a revisão do gol de Borré e pede inversão do resultado, na Conmebol, em função do comportamento do técnico do River Plate, Marcelo Gallardo, que descumpriu sua suspensão e foi até o vestiário de seu time quando estava proibido de participar do jogo.
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