Topo

Coluna do PVC

Especial Boca-River - Capítulo 5 - A Final

PVC

11/11/2018 22h47

A PRIMEIRA FINAL

Marcelo Gallardo montou sua equipe como havia feito apenas uma vez na Libertadores. Em Bogotá, contra o Santa Fé, usou um trio de zagueiros, com Martínez Quarta, Pinola e Maidana. Repetiu no primeiro jogo das finais. Com o sistema, passou a ter uma linha de cinco homens na defesa quando se defendia, e escapava com Pity Martínez para abastecer Lucas Pratto. Deu certo, enquanto Martínez Quarta marcava Pavón, com Maidana na sobra, Pinola usando o corpo para parar Ramón Ábila e Casco voltando para a marcação de Villa.

Mas Pavón se machucou e Guillermo Barros Schelotto colocou Benedetto na partida. Infiltrou dois atacantes pesados e artilheiros contra os três zagueiros. Martínez Quarta tem velocidade, não a malícia necessária contra dois centroavantes fortes fisicamente. Perdeu todas para Ábila, enquanto o marcou. Entre estas jogadas, um drible seco que resultou num chute forte do atacante, ex-Cruzeiro. Rebatida por Armani, a jogada foi finalizada outra vez por Ábila, goleador do Boca na campanha da Libertadores 2018.

Pratto empatou depois de receber passe de Pity Martínez.

Logo depois, Benedetto se escorou em Martínez Quarta e o zagueiro, inocentemente, fez falta. Na cobrança, não subiu contra Benedetto e foi culpado do segundo gol do Boca, antes do final do primeiro tempo.

No começo da segunda etapa, quando os xeneizes eram melhores, o River se mexeu. Tirou o terceiro zagueiro, Martínez Quarta, colocou o volante Ignacio Fernández, equilibrou a marcação. O técnico do Boca, Guillermo Barros Schelotto, colocou Tévez, o River respondeu escalando Zuculini para marcá-lo. O River ajustado na marcação teve uma bola parada. Cobrança de Pity Martínez, Pratto subiu, Izquierdoz também, mas a bola escorreu lentamente para dentro do gol.

Pity Martínez fez gol nos últimos três SuperClásicos. São quatro no total, em sua história em Boca-River. Foi o melhor jogador em campo na primeira partida das finais.

Domingo, 11/novembro/2018
BOCA JUNIORS 2 x 2 RIVER PLATE – 17h (17h)
Local: La Bombonera (Buenos Aires); Juiz: Roberto Tobar (Chile); Christian Schiemann (Chile), Claudio Rios (Chile); Gols: Ábila 33, Pratto 35 do 1º; Pity Martínez (falta) 18 do 2º; Cartão amarelo: Jara, Ábila, Casco, Borré
BOCA JUNIORS: 12. Rossi (6), 29. Jara (5) (24. Buffarini 37 do 2º (sem nota)), 21. Izquierdoz (4), 6. Magallán (6) e 20. Olaza (5,5); 16. Barrios (7), 8. Pablo Pérez (6,5) e 15. Nández (6)0; 22. Villa (7) (23. Tévez 27 do 2º (6)), 17. Ábila (7,5)e 7. Pavón (5) (18. Benedetto 26 do 1º (7,5)). Técnico: Guillermo Barros Schelotto
Banco: 28. Lampe, 2. Goltz, 5. Gago, 18. Benedetto, 19. Zárate, 23. Tévez, 24. Buffarini
RIVER PLATE: 1. Armani (6), 29. Montiel (5,5), 28. Martínez Quarta (4) (26. Ignacio Fernández 12 do 2º (6)), 2. Maidana (6), 22. Pinola (6,5) e 20. Casco (5,5); 24. Enzo Pérez (5) (5. Zuculini 30 do 2º (5,5)), 15. Palacios (6) e 10. Gonzalo Martínez (8) (8. Quintero 32 do 2º (sem nota)); 19. Borré (6) e 27. Pratto (7,5). Técnico: Marcelo Gallardo
Banco: 14. Lux, 5. Zuculini, 7. Mora, 8. Quintero, 9. Álvarez, 18. Mayada, 26. Ignacio Fernández

Sobre o Autor

Paulo Vinicius Coelho é jornalista esportivo, blogueiro do UOL, colunista da Folha de S. Paulo. Cobriu seis Copas do Mundo (1994, 1998, 2006, 2010, 2014 e 2018) e oito finais de Champions League, in loco. Nasceu em São Paulo, vive no Rio de Janeiro e seu objetivo é olhar para o mundo. Falar de futebol de todos os ângulos: tático, técnico, físico, econômico e político, em qualquer canto do planeta. Especializado em futebol do mundo.

Sobre o Blog

O blog tem por objetivo analisar o futebol brasileiro e internacional em todos os seus aspectos (técnico, tático, político e econômico), sempre na tentativa de oferecer uma visão moderna e notícias em primeira mão.