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Coluna do PVC

Salvação é a palavra justa para Fluminense e Vasco

PVC

02/12/2018 18h25

O Fluminense fez um gol, com Richard, provável futuro volante do Corinthians, e quebrou seu recorde negativo de oito partidas sem marcar. Ganhou por 1 x 0 do América e permanecerá na Série A. O Vasco jogou uma partida razoável contra o Ceará. Não correu riscos, Fernando Miguel não precisou fazer milagres. O empate por 0 x 0 mantém o Vasco na primeira divisão. É mais do que a permanência para tricolores e vascaínos. É salvação. Uma nova chance.

Porque cair neste ano significaria diminuir a cota de televisão de R$ 75 milhões, aproximadamente, do Fluminense, R$ 85 milhões aproximados, do Vasco, para apenas R$ 7 milhões. Quem cai está condenado. No caso de ir para a Série B, só uma coisa salvará: boa administração. Nesse caso, o clube poderá criar novas fontes de renda, descobrir novas maneiras de trabalhar. Como nem os mais criativos clubes do Brasil conseguem, seria um risco inevitável.

Não basta.

As salvações deste ano precisam ser compreendidas como oportunidade de ouro. O Fluminense tem um presidente decente, honesto. Parece faltar ambição. Mas, ao mesmo tempo, sabe-se que há divisões em grupos que atrapalham demais. Na construção do Centro de Treinamento, o benemérito Pedro Antônio recusava-se a construir um muro. Dois anos depois da briga que o afastou do presidente, não há um muro ainda erguido. Sem bloqueio, os torcedores uniformizados invadiram o local de trabalho dos jogadores na última sexta-feira. É apenas um exemplo.

O Vasco revela e desperdiça talentos há mais de dez anos. Se fosse mais cuidado, o clube poderia ter utilizado por mais tempo jogadores criados em São Januário, ou não, como Fernando Prass, Fágner, Dedé, Ânderson Martins, Rômulo, Allan, Alex Teixeira, Phillippe Coutinho e Paulinho.

Há quatro anos, o campeão brasileiro de 2018 escapou na última rodada. Há seis, o Fluminense foi campeão e deixou o Palmeiras a uma rodada do descenso. Mudou. Quando se trabalha, como o Palmeiras trabalhou, é rápida a transformação de um gigante. Fluminense e Vasco ganharam uma nova oportunidade.

Sobre o Autor

Paulo Vinicius Coelho é jornalista esportivo, blogueiro do UOL, colunista da Folha de S. Paulo. Cobriu seis Copas do Mundo (1994, 1998, 2006, 2010, 2014 e 2018) e oito finais de Champions League, in loco. Nasceu em São Paulo, vive no Rio de Janeiro e seu objetivo é olhar para o mundo. Falar de futebol de todos os ângulos: tático, técnico, físico, econômico e político, em qualquer canto do planeta. Especializado em futebol do mundo.

Sobre o Blog

O blog tem por objetivo analisar o futebol brasileiro e internacional em todos os seus aspectos (técnico, tático, político e econômico), sempre na tentativa de oferecer uma visão moderna e notícias em primeira mão.