Prefeitura do Rio simula eficiência no Ninho do Urubu
Ao anunciar a falta de alvarás e os 30 autos de infração no Ninho do Urubu a Prefeitura joga toda a responsabilidade para o Flamengo. Mas boa parte também cabe ao município, onde houve três incêndios de grandes proporções nos últimos três meses.
Todos se alvará:
1. MUSEU NACIONAL – No dia 2 de setembro, todo o acervo do museu foi destruído pelas chamas diante das câmeras de TV. Três dias depois, o Corpo de Bombeiros confirmou que o museu funcionava sem alvará.
2. HOSPITAL LOURENÇO JORGE – No dia 3 de novembro, uma ala do hospital Lourenço Jorge pegou fogo. As chamas começaram na Coordenação de Emergência. Uma hora depois do início das labaredas, 54 pacientes começaram a ser transferidos para o Hospital Albert Schweitzer, em Realengo. Três deles morreram na transferência. Cinco dias depois, documentos revelaram que o Lourenço Jorge e outras 21 unidades de saúde da prefeitura não têm sistema anti-incêndio.
O Flamengo tem de explicar se de fato trabalhava sem as licenças corretas. Mas a prefeitura não pode se eximir e apenas esperar pelo próximo incêndio em outro prédio sem alvará.
Os picos de energia em torno do Ninho do Urubu, causados pelas quedas de postes e árvores sem manutenção, no bairro de Vargem Grande, fazem parte da série de hipóteses que podem ter levado à explosão do ar condicionado e à morte de dez adolescentes.
Que cada um assuma sua parte.
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