Flamengo entre a tensão do Ninho e a alegria do Maracanã
O domingo rubro-negro começou com entrevista coletiva. Só não vale a palavra parabéns, porque o encontro com a imprensa e a permissão às perguntas deveria ter havido dez dias atrás. Mas dar margem ao contraditório, por si só, muda a relação do Flamengo com o público. O presidente Rodolfo Landim explicou sobre o atendimento às famílias, acolhidas em hotel do Rio de Janeiro, e negou os valores divulgados pelo Ministério Público no processo de indenização.
Pecado é usar a palavra "fatalidade." Ainda que se precise olhar com atenção ao que dirá a perícia, o melhor vocabulário para o que houve no Ninho do Urubu é "incêndio." Por que ele foi causado, de quem é a culpa, se houve, o Corpo de Bombeiros dirá nos próximos dias. A responsabilidade é do Flamengo sobre quem estava dentro de suas instalações. Quando fala publicamente, Rodolfo Landim não nega que o Flamengo tenha de assumir o ônus de tudo o que houve.
Depois da tensão da entrevista, que prosseguirá com negociação durante a semana com os familiares, veio a festa do Maracanã.
Nem tanto pelo placar fácil construído contra o frágil Americano. Não há mais sombra do que houve um dia em Campos dos Goytacazes. O Flamengo fez sua parte na estreia na Taça Rio, com gol a um minuto de partida, de Vitinho, repetido no início do segundo tempo. A bola parecia estar contra Gabriel, que desviou na trave. Amiga do segundo jogador mais caro da história rubro-negra, a pelota voltou no pé direito de Vitinho.
Em seguida, Gabriel fez as pazes e marcou seu primeiro gol com a camisa vermelha e preta. Diego fechou sua boa atuação com o quarto gol: 4 x 1.
O resultado não é importante. O Americano não é parâmetro. Mas é o que existe de possibilidade do calendário para fazer a formação base jogar. Neste domingo, sem Bruno Henrique e sem Éverton Ribeiro.
Desapontada com a derrota no Fla-Flu, a torcida compareceu em número bem menor o que os 43 mil de média da Taça Guanabara. Foram 24 mil pagantes, 26 mil torcedores presentes. Mesmo assim, a média de pagantes no Maracanã para ver o Flamengo é a maior do século, em campeonatos estaduais: 39 mil por partida.
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