Dudu fez sua melhor partida no ano e não foi por causa dos imbecis

Importante entender que não foram as torcidas uniformizadas tradicionais as (i) responsáveis pela covarde agressão ao ônibus do Palmeiras. Os suspeitos são os mesmos que picharam os muros do clube social e do Allianz Parque. Supostamente, o episódio está ligado à expulsão de um grupo de vinte a trinta sócios expulsos pela Mancha, dois anos atrás, após a morte do ex-presidente Moacir Bianchi. O grupo não tem nome, nem deve ter. Melhor que sejam anônimos, que não se vejam fotos de manifestações, que sejam identificados apenas pela Polícia Militar. Mas a agressão covarde não foi feita por nenhuma torcida uniformizada tradicional. Foi por bandidos, pura e simplesmente identificados assim.

Dudu jogou sua melhor partida no ano. Não foi por medo. Mas por questão tática. Em sua melhor fase sob o comando de Felipão, Dudu jogava pela esquerda, mas com Moisés participando da maior parte das partidas por dentro. Com Moisés, Dudu precisava voltar menos, marcar menos, trabalhar menos taticamente. Houve problemas graves no passado com Dudu, quando ele precisava participar taticamente. Seja o gol do San Lorenzo, marcado pelo lateral Herrera, sem ser perseguido pelo atacante palmeirense, seja desavenças de vestiário no tempo do técnico Roger Machado.

Quando precisa marcar, Dudu dá problema para o time. Não marca.

Contra o Junior, pela faixa central, deu o chute que resultou no gol de cabeça de Deyverson, no rebote, fez o segundo e iniciou a jogada do gol de Hyoran, o terceiro do triunfo que encaminha a classificação palmeirense para as oitavas-de-final.

Dudu não estava mal por má vontade. Atire a primeira pedra quem pensar diferente.

Desde que não seja o mesmo grupelho que pichou o Allianz Parque e depredou o ônibus do Palmeiras, sem se dar conta de que repetiu em São Paulo o que a torcida do River Plate fez com o Boca Juniors na final da Libertadores. Pode dar a mesma punição. Por exemplo, não jogar em casa nas oitavas-de-final a Libertadores.