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Coluna do PVC

Informações e palpites da Libertadores

PVC

13/05/2019 22h16

O sorteio dos confrontos das oitavas-de-final aconteceu na noite de segunda-feira. Os seis brasileiros agruparam-se sem confrontos entre eles. Ou seja, chance de glória ou tragédia. Seis classificados ou eliminações. Difícil chegar às quartas-de-final com todos qualificados. Os cruzamentos terão River x Cruzeiro e o vencedor enfrentando San Lorenzo ou Cerro Porteño. Athletico x Boca Juniors contra LDU x Olimpia. Godoy Cruz x Palmeiras e as quartas contra Grêmio ou Libertad. Nacional x Internacional e o ganhador pegando Emelec ou Flamengo. Abaixo, todas as informações sobre os confrontos:

RIVER PLATE x CRUZEIRO
O Cruzeiro é o que os argentinos chamam de Besta Negra. Em outras palavras, o River é freguês. Só que no último encontro, quartas-de-final de 2015, os riveristas venceram no Mineirão e avançaram para seu terceiro título de Libertadores. Do troféu conquistado ano passado, em Madri, o River perdeu Pity Martínez, vendido, e Quintero, machucado. O Cruzeiro está mais forte, mas o confronto é o pior que poderia ter vindo para as oitavas.
RIVER PLATE
Time base (4-4-2) – Armani, Montiel, Martínez Quarta, Pinola e Angileri; Nacho Fernández, Zuculini, Enzo Pérez e De la Cruz; Matías Suárez e Pratto. Técnico: Marcelo Gallardo
HISTÓRICO – 35 participações, 4 títulos
Tem o segundo maior índice de posse de bola entre os classificados.
CRUZEIRO
Time base (4-2-3-1) – Fábio, Edílson, Dedé, Léo e Egídio; Henrique e Lucas Romero; Robinho, Rodriguinho e Pedro Rocha; Fred. Técnico: Mano Menezes
HISTÓRICO – 17 participações – 2 vezes campeão
Segundo classificado que menos comete faltas (11 por jogo)
Mais faz cruzamentos certos (30,8)
Palpite – River Plate

SAN LORENZO x CERRO PORTEÑO
O San Lorenzo registrou o pior ataque da fase de grupos, mas vai mudar tudo. Demitiu o técnico Jorge Almirón, vai contratar jogadores. O Cerro Porteño joga com coerência, força de marcação, rapidez para chegar à frente, mesmo com o veterano Haedo Valdez na frente. Fernando Jubero era o técnico do Guaraní que eliminou o Corinthians, em 2015.
SAN LORENZO
Time base (4-3-3) – 1. Monetti, 24. Herrera, 2. Gonzalo Rodriguez, 6. Senesi e 3. Damián Pérez; 30. Loaiza, Castellani e 18. Román Martínez; Juan Salazar, 9. Blandi e 15. Reniero Técnico: Jorge Almiron (demitido)
HISTÓRICO – 16 participações, 1 título
É o pior ataque entre os 16 classificados para as oitavas-de-final (4 gols)
CERRO PORTEÑO
Time base (4-4-2) – 12. Muñoz, 23. Escobar, 3. Marcos Cáceres, 5. Amorebieta e 21. Arzamendia; 7. Carrizo, 14. Victor Cáceres, 22. Aguilar e 11. Oscar Ruiz; 18. Haedo Valdez e 9. Larrivey. Técnico: Fernando Jubero
HISTÓRICO – 40 participações – 6 vezes semifinalista
É o terceiro time que menos dribla entre os classificados
Palpite – Cerro Porteño

LDU x OLIMPIA
O Olimpia foi o pior dos melhores. Ou seja, o líder de grupo com o menor número de pontos conquistados. Parece ruim, mas o time é dirigido por Daniel Garnero, um refinado. Seu time gosta da troca de passes. Era grande jogador do Independiente, campeão da Supercopa Libertadores em 1994 – depois bi em 1995. A LDU é dirigida por Pablo Repetto, que já foi à final com o Independiente del Valle. O Olimpia é favorito, mas é claro que Repetto pode repetir o feito pela LDU.
LDU
Time base (4-1-4-1) – 22. Gabbarini, 14. José Quintero, 15. Franklin Guerra, 3. Carlos Rodriguez e 20. Christian Cruz; 18. Orejuela; 11. Anderson Julio, 5. Intriago, 26. Jhojan Julio e 30, José Ayoví; 17. Anangonó. Técnico: Pablo Repetto
HISTÓRICO – 17 participações – 1 título
Tem a pior defesa entre os classificados para as oitavas-de-final
OLIMPIA
Time base (4-4-2) – 12. Aguilar, 20. Otálvaro, 27. Leguizamón, 21. Alcaraz e 13. Olivera; 3. Alejandro Silva, 8. Rodrigo Rojas, 6. Ortiz e 16. Viudez (2. Candia 16 do 2º); 7. Nestor Camacho (15. Jorge Ortega 45 do 2º) e 24. Roque Santa Cruz (9. Brian Montenegro 30 do 2º). Técnico: Daniel Garnero
HISTÓRICO – 41 participações – 3 títulos
É o classificado com maior número de cartões amarelos na fase de grupos (22).
Palpite – Olimpia

ATHLETICO PARANAENSE x BOCA JUNIORS
Ganhar do Boca Juniors na Bombonera é possível, com VAR ou sem VAR. Tiago Nunes dizia isso em janeiro, quando deu entrevista ao Visão FOX, no FOX Sports, e afirmou que diria a seus jogadores que podia ganhar em Buenos Aires, porque tinha vencido o Flamengo no Maracanã. O jogo não vai ser simples. O Boca é dirigido por Gustavo Alfaro, tem variado do 4-3-3 para o 4-4-2. Sempre cresce nos mata-matas.
ATHLETICO PARANAENSE
Time base (4-1-4-1) – Santos, Jonathan, Paulo André, Léo Pereira e Renan Lodi; Wellington; Nikão, Bruno Guimarães, Tomás Andrade e Rony; Marco Ruben. Técnico: Tiago Nunes
HISTÓRICO – 6 participações, 1 vice-campeonato
Teve o artilheiro da fase de grupos da Libertadores. Marco Ruben marcou 6 vezes.
BOCA JUNIORS
Time base (4-3-3) – 1. Andrada, 4. Buffarini, 20. Lisandro López, 24. Izquierdoz e 3. Emanuel Más; 15. Nández, 23. Marcone e 5. Almendra; 22. Villa, 9. Benedetto e 19. Zárate. Técnico: Gustavo Alvaro
HISTÓRICO – 28 participações – 6 vezes campeão
Entre os classificados, Benedetto é o jogador que mais finalizou certo na fase de grupos (23 vezes).
Palpite – Boca Juniors

GODOY CRUZ x PALMEIRAS
Não existe dádiva na Libertadores. O futebol brasileiro aprendeu isso com a eliminação do Corinthians contra o Guaraní do Paraguai, em 2015, depois de o diretor de futebol, Sergio Jalikian, dizer que o adversário era um presente de Deus. O Palmeiras não vai festejar o sorteio, mas é claro que o Godoy Cruz era o adversário preferiro. O Palmeiras teve a melhor campanha da fase de grupos e é favorito.
GODOY CRUZ
Time base (4-2-3-1) – GODOY CRUZ: 1. Ramírez, 10. Elias, 6. Viera, 6. Cardona e 4. Aleo; 19. Henriquez e 30. Andrada; 8. Angel González, 24. Gutiérrez e 19. Burgoa; 15. Lucero. Técnico: Lucas Bernardi
HISTÓRICO – 4 participações, 2ª vez nas oitavas-de-final
É o terceiro time com menos posse de bola e menos finalizações.
PALMEIRAS
Time base (4-2-3-1) – Wéverton, Marcos Rocha, Luan, Gustavo Gomez e Diogo Barbosa; Felipe Melo e Bruno Henrique; Dudu, Scarpa e Zé Rafael; Deyverson. Técnico: Luiz Felipe
HISTÓRICO – 19 participações – 1 vez campeão
Melhor ataque (13 gols), melhor defesa (1 gol sofrido)
Palpite – Palmeiras

GRÊMIO x LIBERTAD
Alguns dos momentos mais bonitos do futebol brasileiro deste ano aconteceram nos pés dos jogadores gremistas. Os gols contra o São Luiz, Internacional e o golaço de Jean Pyerre contra o Fluminense. Mas regularidade anda faltando. Em janeiro, Renato Gaúcho disse que preferia o Libertad ao Atlético Nacional, por causa da viagem mais curta. Era um equívoco. O Libertad trocou de técnico em meio à campanha, tirou Leonel Alvarez, contratou José Chamot, mas seguiu forte. Muito forte.
GRÊMIO
Time base (4-2-3-1) – Paulo Victor, Leonardo Gomes, Geromel, Kannemann e Cortez; Maicon e Matheus Henrique; Alisson, Jean Pyerre e Éverton; André. Técnico: Renato Gaúcho
HISTÓRICO – 19 participações – 3 títulos
Tem o maior índice de posse de bola da Libertadores (59,3%)
LIBERTAD
Time base (4-1-4-1) – 1. Martin Silva, 3. Piris, 14. Luis Cardozo, 22. Canale e 17. Espinoza; 13. Mejía; 18. Riveros, 15. Lucena, 23. Benítez e 20. Bareiro 9. Oscar Cardozo. Técnico: José Chamot
HISTÓRICO – 18 participações – 2 vezes semifinalista
É o terceiro time com menos posse de bola entre os classificados.
Palpite – Grêmio

NACIONAL x INTERNACIONAL
O tradicional rival uruguaio é um time curioso. O melhor entre os segundos colocados de suas chaves. Por outro lado, o time de menor posse de bola e menor número de finalizações da fase de grupos. O Internacional é a divisa entre os 16 times. Destes, dez têm mais de 50% de média de posse de bola. O Inter é o primeiro da lista com 49%. Não é este o problema. O Inter é forte, mas luta contra o retrospecto. Em seis partidas contra o Nacional, pela Libertadores, só venceu duas.
NACIONAL
Time base (4-5-1) – 12. Mejía, 13. Zunino, 21. Corujo, 6. Felipe Carvalho e 17. Viña; 18. Sebastián Fernández, 19. Lorenzetti, 5. Rafael Garcia (5), 8. Gabriel Neves e 23. Santiago Rodriguez; 9. Bergessio. Técnico: Alvaro Guitérrez
HISTÓRICO – 46 participações – 3 títulos
É o time com menor índice de posse de bola e finalizações nas oitavas-de-final.
INTERNACIONAL
Time base (4-1-4-1) – Marcelo Lomba, Zeca, Rodrigo Moledo, Victor Cuesta e Iago; Rodrigo Dourado; D'Alessandro, Edenílson, Patrick e Nico López; Guerrero. Técnico: Odair Hellmann
HISTÓRICO – 12 participações – 2 vezes campeão
É o time com maior número de interceptações por jogo (5,2-)
Palpite – Internacional

EMELEC x FLAMENGO
Em nove confrontos na história, o Flamengo ganhou sete, empatou uma e perdeu em Guayaquil, 2012. Naquela campanha, o rubro-negro foi eliminado na primeira fase. Desta vez, o Flamengo supera a fase de grupos duas vezes seguidas. Parece simples, mas não é. O Fla não liderava sua chave desde 2008. Não está pronto. Vai precisar trabalhar durante a Copa América, para exercer seu favoritismo nas oitavas-de-final.
EMELEC
Time base (4-2-3-1) – Dreer, Paredes, Mejía, Leandro Veja e Estácio; Wilmer Godoy e Queiroz; Matamoros, João Rojas, Brayan Ângulo; Fernando Guerrero. Técnico: Ismael Rescalvo
HISTÓRICO – 28 participações, 1 semifinal
Teve a pior campanha entre os classificados para as oitavas-de-final
FLAMENGO
Time base (4-1-4-1) – Diego Alves, Pará, Léo Duarte, Rodrigo Caio e Renê; Cuellar; Éverton Ribeiro, William Arão, De Arrascaeta e Bruno Henrique; Gabriel. Técnico: Abel Braga
HISTÓRICO – 15 participações – 1 vez campeão
É o classificado que mais desarma na Libertadores (22,7 por partida).
Palpite – Flamengo

Sobre o Autor

Paulo Vinicius Coelho é jornalista esportivo, blogueiro do UOL, colunista da Folha de S. Paulo. Cobriu seis Copas do Mundo (1994, 1998, 2006, 2010, 2014 e 2018) e oito finais de Champions League, in loco. Nasceu em São Paulo, vive no Rio de Janeiro e seu objetivo é olhar para o mundo. Falar de futebol de todos os ângulos: tático, técnico, físico, econômico e político, em qualquer canto do planeta. Especializado em futebol do mundo.

Sobre o Blog

O blog tem por objetivo analisar o futebol brasileiro e internacional em todos os seus aspectos (técnico, tático, político e econômico), sempre na tentativa de oferecer uma visão moderna e notícias em primeira mão.