Perder não é normal. Mas o campeão sempre perde
Os muros da Gávea amanheceram pichados nesta segunda-feira, com pedidos de Fora, Abel e Fora, BAP. Uma das frases pintadas fazia alusão à declaração de Abel Braga, depois da derrota para o Atlético, no Independência, no sábado à noite. "Perder não é normal!"
É claro que o Flamengo não pode se acostumar com derrotas.
É óbvio também que muitas delas fazem parte da rotina do Campeonato Brasileiro a que campeões recentes foram obrigados a se submeter e ter maturidade para não transformar pontos perdidos em crises sem saída.
O Corinthians de 2015 confirmou o título com três partidas de antecipação e goleou o São Paulo por 6 x 1 no clássico das faixas. No início, sofreu. Até a quinta rodada, ocupava a 11a. colocação e tinha duas derrotas, 1 x 0 para o Palmeiras e 3 x 1 para o Grêmio, um baile do time de Roger Machado no Corinthians ainda dirigido por Tite.
Em 2016, o Palmeiras encerrou um jejum de 22 anos sem o título brasileiro. Confirmou a taça na penúltima rodada, contra a Chapecoense. Nas cinco primeiras rodadas, também foi derrotado duas vezes. Contra a Ponte Preta, em Campinas, por 2 x 1, e para o São Paulo, no Morumbi, por 1 x 0. Estava em sexto lugar, após cinco partidas.
No ano passado, o Palmeiras chegou à quinta rodada em quinto lugar, com duas vitórias sobre Athletico Paranaense e Internacional, dois empates contra o Botafogo e a Chapecoense, no Allianz Parque, e derrota para o Corinthians por 1 x 0.
Dos últimos quatro campeões, a exceção é o Corinthians, que chegou invicto à quinta rodada e fechou o primeiro turno sem derrota. O Cruzeiro bicampeão perdeu em 2013 para o Botafogo e em 2014 para o Atlético, antes da quinta rodada. Nesta década, além do Corinthians de Fábio Carille, só o Corinthians de Tite, em 2011, que só caiu contra o Cruzeiro, na 11a rodada. E o Fluminense, de Abel Braga, em 2012, invicto até 12a rodada, quando caiu contra o Grêmio.
Considerando o Brasileiro unificado, foram campeões invictos o Palmeiras (1960), o Santos (1963, 1964 e 1965), o Cruzeiro (1966) e o Internacional (1979).
Em 1980, o Flamengo foi campeão sofrendo duas derrotas em 22 partidas. Caiu contra o Botafogo da Paraíba no Maracanã, por 2 x 1, e para o Atlético, no Mineirão por 1 x 0.
Em 1982, de 23 jogos, também perdeu duas vezes. Contra o Atlético, em Belo Horizonte, e para o Sport, na Ilha do Retiro.
Em 1983, cinco derrotas em 26 partidas. Na primeira fase para o Santos, no Morumbi, na segunda fase para o Palmeiras, na terceira contra o Corinthians, por 4 x 1, nas semifinais para o Athletico Paranaense, e na primeira partida das finais contra o Santos, por 2 x 1, em São Paulo.
Em 1987, quatro derrotas em 19 jogos. Contra o São Paulo e o Fluminense, no Maracanã, para o Internacional e Atlético, fora de casa.
Em 1992, foram sete partidas perdidas de 27 disputadas. Contra Cruzeiro, São Paulo, Bragantino, Vasco, Sport e Santos, duas vezes. Na fase de classificação, a derrota para o Vasco por 4 x 2 completou uma seqüência de cinco rodadas sem vencer.
Em 2009, o recorde de nove derrotas em 38 partidas: Cruzeiro, Sport, Coritiba, Palmeiras, Goiás, Grêmio, Cruzeiro, Avaí e Barueri. O Coritiba goleou por 5 x 0 no Couto Pereira e os 3 x 0 para o Avaí, na Ressacada, significaram o terceiro insucesso consecutivo, no oitavo jogo de Andrade como treinador. No Brasileiro por pontos corridos com vinte clubes, o Flamengo é o campeão com maior número de derrotas (9), junto com o Corinthians de 2011. Em 2004, o Santos de Vanderlei Luxemburgo sofreu 11 derrotas, mas num total de 46 rodadas.
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