São Paulo perdeu mais do que venceu e segue temporada trágica

Raí declarou depois da derrota para o Bahia, em Salvador, que o compromisso do São Paulo, a partir de agora, é lutar pelo título brasileiro. Falou o óbvio. O Tricolor gastou R$ 65 milhões em janeiro, tomou decisão de efetivar André Jardine, que se mostrou precoce, contratou Cuca, mas chegou às finais do estadual com Vágner Mancini, montou quatro formações diferentes com três treinadores distintos em quatro meses. A receita é fazer tudo errado e esperar que dê certo. O prato feito: 30 jogos, 9 vitórias e 12 derrotas, com 9 empates. Marcou 26 gols, sofreu os mesmos 26.

Depois do investimento do início do ano, o São Paulo devolveu a Pato os 2,5 milhões que pagou ao Tianjin pela rescisão contratual. Ofereceu a ele um contrato de quatro anos com 10 milhões de euros de pagamento total pelo período. Contra o Bahia, Pato começou no banco de reservas e só entrou no segundo tempo, no lugar de Éverton. Este foi o investimento mais pesado do ano passado. Não consegue se firmar depois de voltar de lesão.

Embora às vezes pareça haver uma nuvenzinha negra comum aos times que passam longos jejuns, o cardápio de erros impressiona. Neste ano, o São Paulo já jogou com veteranos escalados por um técnico novato, jogou num 3-5-2 com o interino Vágner Mancini, que depois mudou o sistema para 4-1-4-1 e conseguiu o maior sucesso da temporada, a classificação para a final do Paulista. Cuca chegou e mudou o sistema para 4-4-2, mas com variação para ter três atacantes, como foi contra o Goiás, no Serra Dourada, e ontem contra o Bahia, com Helinho, Toró e Éverton na frente.

Com três técnicos e cinco sistemas táticos diferentes em trinta jogos, o São Paulo perde mais do que ganha em 2019. Disputou três partidas contra o Bahia, em duas semanas, e não marcou nenhum mísero gol.

Hoje, a cobrança é de lutar pelo título brasileiro. A realidade é de começar a trabalhar em linha reta, para ver se no ano que vem a situação começa a melhorar.