Tite exagerou na cartilha
Seleção é continuidade. Não é momento.
Você pode já ter lido este colunista repetir este mantra muitas vezes.
Mas é preciso observar situações e ter sensibilidade para entender quando não é hora de seguir a cartilha.
O corte de Neymar indicava a convocação de Vinicius Junior.
Apesar de ainda não ter estreado na seleção brasileira, sua presença devolveria a curiosidade em torno da seleção, a emoção para assistir à Copa América, a vontade de ver o garoto em ação.
Em vez disso, Tite convocou Willian.
Grande jogador, foi o único jogador do Chelsea a disputar todas as partidas da Liga Europa. Foi campeão e líder de assistências do torneio. Mas sua chamada é uma brochada clássica para a torcida, porque significa a manutenção, em vez da ousadia.
Depois da Copa do Mundo, Willian foi convocado três vezes e jogou as três. Contra os Estados Unidos, entrou quando o jogo estava 1 x 0 e o jogo terminou 1 x 0. Contra El Salvador, entrou quando a partida estava 4 x 0 e terminou 5 x 0. Contra Camarões, começou jogando. O Brasil venceu por 1 x 0, gol marcado enquanto estava em campo. Mas não marcou nem deu a assistência. Foi substituído por Douglas Costa.
Em síntese, depois da Copa, pela seleção, Willian não mudou o destino de nenhum jogo.
Antes da Copa, sim. Disputou 24 dos 26 jogos do primeiro ciclo de Tite, marcou dois gols, deu cinco passes para gol, vice-líder, atrás apenas de Neymar.
O problema da convocação de Willian não é Willian. É Tite seguir a cartilha ao pé da letra e perder a chance de trazer a torcida para mais perto da seleção.
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