Os volantes de Jorge Jesus
O jogo-treino entre o Flamengo e o Madureira, vencido por 3 x 1 pelos rubro-negros, evidenciou detalhes do pensamento de Jorge Jesus. Sua entrevista logo depois da partida, realizada com uniforme de treinamento, também. "Temos quatro laterais-direitos, seis zagueiros, cinco primeiros volantes e não temos nenhum segundo. O Diego está se esforçando para fazer esta função", disse.
Ops… Jesus está dizendo o que pensa e o que pensa é completamente diferente de como vimos o futebol até aqui. Diego é, para Jorge Jesus, um meia, e William Arão um primeiro volante. Porque joga num 4-1-3-2, como desenhado.
Uma de suas melhores versões do Benfica, o campeão de 2010, jogava exatamente assim, com Javi Garcia de primeiro volante e Pablo Aimar como armador. O brilhante meia argentino não era um segundo volante. Ramires era, mas jogava aberto pela direita, função mais tarde exercida nos times de Jesus pelo argentino Salvio, por exemplo.
Aimar jogou no Benfica de Jorge Jesus entre 2009 e 2013. Saiu aos 34 anos, a mesma idade de Diego. Não se trata de um preconceito do número, mas da capacidade de voltar como volante e organizar como meia de criação. É preciso ter pernas para isso.
Também é preciso fôlego para jogar como ponta, com a intensidade que Lucas Silva apresentou no primeiro tempo. Jorge Jesus pedia o tempo inteiro para que seu ponta-direita recuasse para marcar. Não se trata de castrar sua criatividade, mas de cobrar o dinamismo necessário para jogar futebol como se exige hoje.
O Flamengo deu boa impressão. "Estamos há uma semana e é óbvio que precisamos evoluir", diz o treinador. O jogo-treino da Gávea deu uma mostra, apenas. Num tempo em que é impossível assistir aos treinos, é bom ter chance de ver um jogo com orientações e cobranças iguais às das atividades fechadas.
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