O impedimento acabou
É aflitivo ver Ricardo Marques Ribeiro apitar um jogo do tamanho de Corinthians x Vasco.
Mesmo quando o Corinthians disputa a quarta colocação e o Vasco briga contra o rebaixamento.
Porque a mão não lhe sai do ouvido e até mesmo em jogadas óbvias, como a falta de Manoel em Fernando Miguel, no início do clássico, Ricardo Marques Ribeiro precisa se certificar de que não cometeu nenhuma bobagem. Veja que não é a torcida, nem os jogadores, nem as comissões técnicas quem duvida de sua competência. É ele próprio.
Num jogo de poucas coisas emocionantes, com o Vasco com uma única finalização contra a meta de Cássio, quando Werley finalizou, o gol foi anulado por impedimento de Werley.
Um pé apenas.
Ricardo Marques Ribeiro validou o gol e depois colocou a mão em sua orelha, quase como um tique nervoso. Então, foi salvo pelo vídeo.
O assistente Ricardo Junio de Souza fez sinal de que não viu o impedimento. Era mesmo difícil ter certeza de uma jogada em que é possível até discutir a regra, que invalida um gol por um pé à frente.
Mas esta é a regra e o impedimento foi bem marcado. O que remete à declaração do presidente da comissão de arbitragem, Leonardo Gaciba, em recente entrevista ao programa Bola da Vez, da ESPN Brasil: "O impedimento acabou", disse. Explicou: "Nunca imaginei que um dia aconteceria de haver 100% de acerto em jogadas de impedimento."
O Corinthians não jogou bem, mas venceu por 1 x 0, com gol de Ralf, seu décimo com a camisa do Corinthians. Ganhou, porque não sofreu gol e manteve-se com a defesa menos vazada do campeonato. Venceu, porque o impedimento tornou-se uma jogada em que que não existe erro.
Mesmo com Ricardo Marques Ribeiro no apito — digo, na orelha.
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