Impecável, Flamengo dá aula e maior goleada em semifinais em 30 anos
Das incríveis coincidências notadas pela torcida rubro-negra, mais uma se concretizou na noite de 23 de outubro. Na mesma data, 38 anos atrás, Zico marcou duas vezes e Chiquinho uma na vitória por 3 x 0 sobre o Deportivo Cali, que levou à decisão contra o Cobreloa. Daquela vez, o Flamengo ainda não tinha estreado a escalação mais famosa de sua história. Faltavam três jogadores da formação clássica e Chiquinho ocupou o lugar de Tita, Baroninho o de Lico e Figueiredo jogou como zagueiro, na vaga que historicamente foi de Marinho. Na quarta-feira de Maracanã, Jorge Jesus escalou pela quinta vez seu time titular, uma a mais do que os campeões do mundo de 1981 atuaram os onze juntos.
Mais marcante do que isso foi o massacre. O Flamengo já tinha feito 5 x 1 no Grêmio, mas jamais um 5 x 0 tão categórico. Incrível que o Grêmio tenha realizado um primeiro tempo inteligente, marcando a saída de bola de Gérson, evitando a velocidade de Bruno Henrique e com uma chance clara no pé de Maicon, aos 18 minutos. O Flamengo já tinha conseguido uma boa finalização com Gabriel, aos 10, mas cresceu mesmo depois dos 30, com finalizações seguidas de De Arrascaeta, Gabriel e, enfim, o gol de Bruno Henrique.
Contra-ataque nasceu num erro de passe de Michel e se transformou em finalização de Gabigol, rebatida por Paulo Victor e completada por Bruno Henrique.
No início do segundo tempo, Gabriel fez mais. Um golaço depois de falha de Geromel — Kannemann tinha errado no primeiro. O próprio Geromel cometeu pênalti em Bruno Henrique. Gabriel marcou. Com sete anotados na Libertadores, Gabigol passa a ser goleador do Brasileiro e da copa continental, o que só Coutinho, em 1962, e Zico, em 1982, conseguiram.
Mais história com os gols de bola parada de Pablo Marí e Rodrigo Caio, assistência de Éverton Ribeiro, agora líder de passes no ano, empatado com Bruno Henrique.
O Flamengo aplicou não apenas sua maior goleada no Grêmio, mas também o placar mais dilatado de uma semifinal desde 1989, quando o Atlético Nacional enfiou 6 x 0 no Danúbio.
A atuação impecável ratifica o Flamengo como melhor time do país, uma história que passará de pai para filho por gerações. Chegará a Santiago como favorito contra o River Plate.
Quarta-feira, 23/outubro/2019
FLAMENGO 5 x 0 GRÊMIO – 21h30
Local: Maracanã (Rio de Janeiro); Juiz: Patricio Lostau (Argentina); Gols: Bruno Henrique 41 do 1º; Gabriel 1 do 2º, Gabriel (pênalti) 11 do 2º, Pablo Marí 22 do 2º, Rodrigo Caio 26 do 2º; Cartão amarelo: Kannemann (5'), Rodrigo Caio (13'), Éverton (30')
FLAMENGO: 1. Diego Alves (6,5), 18. Rafinha (6,5), 3. Rodrigo Caio (7), 24. Pablo Marí (7) e 21. Filipe Luís (6,5); 5. William Arão (7); 7. Éverton Ribeiro (7,5), 15. Gérson (7) (10. Diego 41 do 2º (sem nota)) e 14. De Arrascaeta (7,5) (25. Piris da Mota 23 do 2º (6,5)); 27. Bruno Henrique (8) (11. Vitinho 28 do 2º (6)) e 9. Gabriel (9). Técnico: Jorge Jesus
Banco: 12. César, 22. Gabriel Batista, 2. Rodinei, 26. Thuler, 4. Rhodolfo, 6. Renê, 25. Piris da Mota, 13. Vinicius Souza, 10. Diego, 19. Reinier, 11. Vitinho, 20. Lincoln
GRÊMIO: 1. Paulo Victor (4), 28. Paulo Miranda (5,5), 3. Geromel (3), 4. Kannemann (4) e 12. Cortez (4,5); 5. Michel (4); 23. Alisson (4) (16.Thaciano 30 do 2º (5)), 14. Matheus Henrique (6), 8. Maicon (5) (9. Diego Tardelli 18 do 2º (5)) e 11. Éverton (5,5); 19. André (5,5) (25. Pepê 12 do 2º (5,5)). Técnico: Renato Gaúcho
Banco: 18. Phelippe, 2.Leonardo Moura, 9. Diego Tardelli, 15. Luciano, 16. Thaciano, 17. Rafael Galhardo, 20. David Braz, 25. Pepê, 26. Darlan, 27. Rodriguez, 29. Juninho Capixaba, 30. Patrick
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