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Informações e palpites da Libertadores 2016 depois do sorteio dos grupos

PVC

23/12/2015 09h25

É cedo para prognósticos definitivos, porque o final do ano e o mês de janeiro serão de contratações e mudanças de elenco. Também de alguns treinadores. Mas esta análise do sorteio dos grupos serve para você ter uma noção de como estão todos os participantes. Grupo a grupo, saiba quem é quem:

 

GRUPO 1

Palpite – River Plate e São Paulo

RIVER PLATE – Perderá Carlos Sánchez e Kranevitter e pode reforçar-se com Scocco. O técnico Marcelo Gallardo é ótimo, mas o time não é talentoso. Desde 2001, não há um bicampeão na Libertadores

THE STRONGEST – Mantém a base que bateu na trave da classificação em 2015. Jogadores como Pablo Escobar, Ramallo, Cristaldo e Chumacero. Não vamos cair aqui no chavão da altitude. O Strongest também quase eliminou o São Paulo em 2013.

TRUJILLANOS – Vice-campeão da Venezuela, dirigido pelo técnico argentino Horacio Matzukich, participou da Libertadores duas vezes. Na última, em 2002, sofreu 7 x 1 do América do México

SÃO PAULO ou CÉSAR VALLEJO – O São Paulo é favorito. O Cesar Vallejo só jogou a primeira fase em 2013, eliminado pelo Tolima. Seu destaque pode ser o atacante Cruzado, ex-Newell's Old Boys.

GRUPO 2

Palpite – Palmeiras e Rosario Central

NACIONAL – Eliminou o Palmeiras nas quartas-de-final em 2009, com dois empates e um gol a mais como visitante. É o time de Loco Abreu e do técnico Munúa, ex-goleiro da seleção uruguaia. Das suas últimas cinco edições, só se classificou em uma. Destas, foi eliminado em 2011 pelo Fluminense e em 2014 pelo Grêmio.

PALMEIRAS – A falta de experiência do clube pode atrapalhar, mas será compensada pelas passagens de Marcelo Oliveira, Edu Dracena, Egídio Zé Roberto e Lukas Barrios pelo torneio. Dos quatro adversários, só foi derrotado pelo Nacional, em 1971.

ROSARIO CENTRAL – O técnico Eduardo Coudet jogou a Libertadores pelo River Plate na década passada. Fez um time compacto e moderno. Destaque para o atacante Rubén, artilheiro do Campeonato Argentino com 21 gols. O Rosario Central enfrentou o Palmeiras na fase de grupos de 2006, com empates por 0 x 0 em São Paulo e 2 x 2 na Argentina.

UNIVERSIDAD DE CHILE ou RIVER PLATE (Uruguai) – A história do River é maior do que seu presente. Pelo clube passaram Gustavo Poyet e Santiago Silva. A Universidad de Chile é mais forte, dirigida pelo técnico Martin Lasarte e com remanescentes do título da Copa Sul-Americana de 2011, como Lorenzetti. Mas não está em bom momento.

GRUPO 3

Palpite – Boca Juniors e Racing

BOCA JUNIORS – É o time de Carlitos Tévez e isso serve como referência. Sua dupla de ataque pode ser com Pablo Osvaldo, que está voltando. A sequência do trabalho do técnico Arruabarrena também é importante, mas o clube não terá torcida em seus quatro primeiros jogos em casa. Atrapalha.

BOLÍVAR – O meia Walter Flores e o volante Eguino são os pontos altos do time do técnico Eduardo Villegas. É o campeão dos torneios Apertura e Clausura da Bolívia. Em 2004, o Boca estreou na Libertadores levando um chocolate de 3 x 1 em La Paz contra o Bolívar.

DEPORTIVO CÁLI – Já fez final da Libertadores em 1978 contra o Boca, além de 1999 contra o Palmeiras. Foi o campeão do Apertura, quando Atlético Nacional e Santa Fé concentravam-se mais na competição continental. O técnico Fernando Castro não fez seu time passar do sétimo lugar no Torneio Finalización da Colômbia.

RACING ou PUEBLA – O Racing manteve Diego Milito e tenta segurar Gustavo Bou para formar um trio ofensivo com Lisandro López, ex-Inter. Saiu o técnico Diego Cocca, entrou Facundo Sava, que fracassou no O'Higgins do Chile depois do sucesso do título chileno com Eduardo Berizzo. A mudança de técnico não anima, mas o Racing é favorito contra o Puebla, campeão da Supercopa do México.

GRUPO 4

Palpite – Atlético Nacional e Peñarol

PEÑAROL – Diego Forlán disputará sua primeira Libertadores, por seu clube de coração. O vice-campeão uruguaio terá um ano importante, com a inauguração de seu novo estádio. Pablo Bengoechea é o técnico e o Peñarol pode, no mínimo, avançar às oitavas.

ATLÉTICO NACIONAL – O técnico Reinaldo Rueda esteve nas últimas duas Copas do Mundo, em 2010 com Honduras, em 2014 com o Equador. Dirige uma equipe sólida, com destaque para o atacante Jefferson Duque, artilheiro do Torneio Finalización com 15 gols.

SPORTING CRISTAL – O goleiro Penny, o volante Lobatón, o meia Ballón são pontos experientes do time dirigido pelo técnico argentino Daniel Ahmed. Atenção ao atacante Luiz da Silva, 18 anos. O Sporting Cristal entra como vice-campeão do Torneio Descentralizado.

HURACÁN ou CARACAS – Vice-campeão da Copa Sul-Americana, o Huracán tenta manter parte do elenco. O lateral Balbi, o volante Vismara, o zagueiro Nervo e o meia Toranzo estão sem contrato. O técnico é ótimo: Eduardo Dominguez, ex-zagueiro do Vélez, na época de Marcelo Bielsa. O Caracas foi o terceiro colocado na classificação geral da Venezuela, mas tem bons jogadores, como Lucena e Guerra.

GRUPO 5

Palpite – Atlético e Colo Colo

ATLÉTICO – O time titular está montadinho e o presidente Daniel Nepomuceno pretende contratar três jogadores para compor o elenco. O rival mais difícil é o Colo Colo, que derrotou o Atlético na estreia da fase de grupos em 2015, mas foi batido no Horto por 2 x 0.

COLO COLO – O técnico é José Luis Sierra, ex-meia da seleção chilena na Copa de 1998. O ataque é o ponto forte, com Paredes e Figueroa, lateral-direito do Palmeiras em 2009, hoje ponta-direita. O Colo Colo entra como campeão do Torneio Apertura, o do segundo semestre.

MELGAR – O Melgar é mais forte hoje do que o Sporting Cristal, a quem venceu na final do Torneio Descentralizado. O técnico Juan Reynoso tem jogadores da seleção, como Galliquio e Rayner Torres.

GUARANÍ ou INDEPENDIENTE DEL VALLE – Não pense no Guaraní que eliminou o Corinthians e foi às semifinais. Já não estão o técnico Fernando Jubero nem o atacante Santander. O destaque agora é Fernández, importante, mas reserva, na campanha de 2015. O Guaraní é mais forte do que o Independiente, do técnico Pablo Repetto, time de melhor pontuação na soma dos torneios do Equador, fora o Emelec, tricampeão.

GRUPO 6

Palpite – Grêmio e Toluca

SAN LORENZO – O campeão de 2014 perdeu o técnico Edgardo Bauza para o São Paulo e escolheu Pablo Guede, treinador do Palestino na Libertadores de 2015. Saiu perdendo também na defesa, sem o titular Cetto e o experiente Mario Yepes. Na história: eliminou o Grêmio nas oitavas-de-final em 2014.

GRÊMIO – É preciso manter Galhardo na lateral e ter outro zagueiro para substituir Erazo. Fora isso, Roger Machado tem um time compacto, o desafio de fazer o Grêmio voltar a ser campeão nacional ou continental e o conhecimento da competição dentro de campo. Pode faltar experiência a jogadores jovens, como Luan.

LDU – Campeã em 2008, eliminada na fase de grupos no ano seguinte… Hoje, a LDU é vice-campeã do Equador e perdeu a decisão para o Emelec. O técnico Luis Zubeldia ainda confia no veterano lateral Reascos e no atacante Quiñonez, ex-Santos.

TOLUCA – O treinador é José Cardozo, lembra? O mesmo centroavante do Paraguai nas Copas de 1998, 2002 e 2006. O elenco tem o zagueiro Paulo da Silva, da seleção paraguaia, e Bottinelli, ex-San Lorenzo e Flamengo. É a terceira participação do Toluca. Em 2007, ganhou o grupo do Boca Juniors, mais tarde campeão.

GRUPO 7

Palpite – Emelec e Pumas

OLIMPIA – O técnico é Francisco Arce e o elenco tem Mendieta, do Palmeiras na Série B de 2013, e Aranda, ex-volante do Vasco. Ficou bem ranqueado pela sua história e pelo vice-campeonato de 2013, mas fazer grande campanha será uma surpresa no ano que bvem.

EMELEC – Tricampeão equatoriano, é de longe o melhor representante do país que lidera as Eliminatórias Sul-Americanas. Miler Bolaños segue sendo o destaque. O técnico é Omar de Felipe, que assumiu o comando no meio da campanha da Libertadores 2015, eliminado nas quartas-de-final pelo Tigres.

TÁCHIRA – O estado venezuelano que dá o nome ao clube é o lugar mais apaixonado por futebol no país. O Táchira já chegou às quartas-de-final em 2004 e é dirigido pelo técnico Carlos Maldonado. O mesmo apelidado de Mal Danado, quando jogou no Fluminense, nos anos 90.

PUMAS – Clube que revelou Hugo Sánchez disputará sua terceira Libertadores. Em 2003, venceu o Grêmio, dirigido por Tite, e caiu nas oitavas-de-final. O destaque é o meia equatoriano Fidel Martínez, o Neymar do Equador, que já jogou a Libertadores pelo Tijuana.

GRUPO 8

Palpite – Corinthians e Santa Fé

CORINTHIANS – O campeão brasileiro entra credenciado para lutar por sua segunda taça. Tem Tite e Renato Augusto. A dúvida é se Marlone será capaz de substituir Jádson. O grupo não é difícil e o Santa Fé o rival mais enroscado.

CERRO PORTEÑO – Time dos atacantes Ortigoza, ex-Cruzeiro, Fabbro, ex-Atlético, e de Diego Lugano – até segunda ordem – o Cerro é o campeão paraguaio e será difícil de bater em Assunção. Em São Paulo, o Corinthians aplicou sua maior goleada em Libertadores em 1999: 8 x 2 no Cerro Porteño.

COBRESAL – Campeão do Torneio Clausura, no primeiro semestre, é dirigido por um técnico argentino – Dalcio Giovagnoli – e tem o zagueiro Fuentes como capitão. O atacante Ever Cantero também pode ser importante.

SANTA FÉ ou ORIENTE PETROLERO – O Petrolero joga em Santa Cruz de la Sierra e é dirigido por Xabier Azkargorta, técnico espanhol que dirigiu a Bolívia na Copa de 1994. Ronald Garcia e Bejarano são referências. O Santa Fé é mais time, mas teve Omar Pérez machucado no segundo semestre e perdeu força com a troca do técnico Gustavo Costas pelo uruguaio Gerardo Pelusso.

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Sobre o Autor

Paulo Vinicius Coelho é jornalista esportivo, blogueiro do UOL, colunista da Folha de S. Paulo. Cobriu seis Copas do Mundo (1994, 1998, 2006, 2010, 2014 e 2018) e oito finais de Champions League, in loco. Nasceu em São Paulo, vive no Rio de Janeiro e seu objetivo é olhar para o mundo. Falar de futebol de todos os ângulos: tático, técnico, físico, econômico e político, em qualquer canto do planeta. Especializado em futebol do mundo.

Sobre o Blog

O blog tem por objetivo analisar o futebol brasileiro e internacional em todos os seus aspectos (técnico, tático, político e econômico), sempre na tentativa de oferecer uma visão moderna e notícias em primeira mão.


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