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Ambev não quis associar seu nome ao Parque Antarctica

PVC

28/01/2016 13h47

A informação de que a Ambev notificou o Palmeiras, a W. Torre e a Allianz por uso indevido do nome do estádio foi publicada com exclusividade na coluna de Mônica Bergamo, sexta-feira passada, na Folha de S. Paulo. 

Mas antes de o Palmeiras vender o nome oficial e fazer contratos com empresas de bebidas que comercializam seus produtos no Allianz Parque, a Ambev foi procurada para batizar o novo prédio.

Na época, a resposta foi negativa.

Em 2011, numa reunião em que a Ambev propagava o programa "Por um futebol melhor", este colunista conversou a respeito com o então diretor, Ricardo Thadeu. A conversa tratou da ideia de ter o museu — que ainda deve ser construído no Allianz Parque — contando a história do clube, da cidade e da Companhia Antarctica.

Isso porque o clube social e o Allianz Parque estão situados onde no início do século 20 ficava o Parque Antarctica, mantido pela companhia de bebidas, na zona oeste de São Paulo. Há relatos que indicam que o parque saída da avenida Pompeia, onde hoje está o Shopping Bourbon, e ia até a atual Avenida Antarctica, hoje endereço do West Plaza Shopping. Dentro do parque, havia o campo de futebol que sediou o primeiro jogo oficial de campeonato do Brasil — o Campeonato Paulista de 1902 inaugurou-se com Mackenzie 2 x 1 Germânia.

Em 1920, o Palmeiras comprou o terreno e todas as dependências esportivas. Em 1933, inaugurou o estádio de concreto. Só nos anos 90, com a parceria com a Parmalat e o interesse de emissoras de televisão de evitar o nome da Antarctica, tratou-se de popularizar o nome oficial. As gerações mais jovens diziam: "Vou ao Palestra." Quem tem mais de 40 anos costumava tratar o estádio por "Parque Antarctica."

O Palmeiras e a W. Torre pensaram em manter a associação histórica. A Ambev disse que não tinha como estratégia de marketing ligar seu nome a um clube apenas.

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Sobre o Autor

Paulo Vinicius Coelho é jornalista esportivo, blogueiro do UOL, colunista da Folha de S. Paulo. Cobriu seis Copas do Mundo (1994, 1998, 2006, 2010, 2014 e 2018) e oito finais de Champions League, in loco. Nasceu em São Paulo, vive no Rio de Janeiro e seu objetivo é olhar para o mundo. Falar de futebol de todos os ângulos: tático, técnico, físico, econômico e político, em qualquer canto do planeta. Especializado em futebol do mundo.

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