Os números de Ganso neste ano são impressionantes. São seis gols nos primeiros quatro meses do ano, contra três nos 12 meses de 2015. São cinco passes para gol, líder de assistências do São Paulo. Apesar da irregularidade, o Tricolor deu demonstração de força contra o Toluca e há depoimentos dentro do vestiário dando conta de que a boa atuação é resultado da mudança de postura do grupo nos últimos quarenta dias.

Neste período, o São Paulo perdeu para o Audax por 4 x 1, é verdade.

Mas deu sinais de reação, antes do Toluca, com a boa atuação contra o River Plate e a classificação em La Paz, apesar de um festival de erros naquela noite.

O maior deles, deixar Ganso no banco de reservas.

Um sinal de que o ambiente está mais propício para ter sucesso na Libertadores é Ganso ir para o banco de reservas sem reclamar. Entendendo a estratégia de Bauza, de descansar seu principal meio-campista para usá-lo no segundo tempo na altitude.

Há justificativa, mas ainda assim parece um erro.

Ganso precisa de mais jogos para reforçar a confiança e seguir como líder de um time que pode até sonhar com o título da Libertadores, por improvável que parecesse duas semanas atrás.  É o terceiro colocado em número de passes no torneio continental, atrás apenas de Rafael Carioca e Mena, ou seja, o único que foge dos passes curtos a figurar nesta classificação.

Contra o Toluca, o São Paulo precisa de posse de bola, mais do que marcação. Seria bom ter Ganso em campo, mesmo que seja possível entender por que Bauza faz outra opção.