Por dinheiro e exposição, México pede direitos iguais na Libertadores
PVC
11/05/2016 13h29
O presidente da Liga MX, Enrique Bonilla, enviou solicitação para a Confederação Sul-Americana de Fútbol para que o México tenha direitos iguais aos demais países participantes da Libertadores. Faz todo o sentido. O México participa da competição desde 1998, chegou à final três vezes e nunca pôde representar o continente no Mundial de Clubes nem ter o último jogo disputado em território mexicano quando o clube teve melhor campanha.
Foi o caso do Tigres no ano passado, obrigado a fazer a decidir o título no Monumental de Nuñez, onde perder para o River Plate.
Há algumas razões para o interesse do México entrar de cabeça na Libertadores. Um deles é isonomia. Se há 19 edições os mexicanos participam e chegam mais vezes às fases decisivas do que os clubes peruanos, venezuelanos, bolivianos, uruguaios e colombianos, é correto ter os mesmos direitos.
Outra questão é econômica. O aumento de 30% dos contratos de televisão a partir da edição de 2016 fez com que muitos clubes revalidassem a Libertadores. Sempre foi vantajoso jogar a Libertadores pela exposição no mundo e pelas vitórias esportivas. Hoje é ainda mais vantajoso do ponto de vista financeiro.
Daí os clubes do México quererem a exposição da Libertadores mais até do que da Conca Champions, a Copa dos Campeões da Concacaf.
Segundo Bonilla, o processo de equiparação do México aos demais países nas regras da Libertadores deve entrar em vigor na edição de 2017.
Sobre o Autor
Paulo Vinicius Coelho é jornalista esportivo, blogueiro do UOL, colunista da Folha de S. Paulo. Cobriu seis Copas do Mundo (1994, 1998, 2006, 2010, 2014 e 2018) e oito finais de Champions League, in loco. Nasceu em São Paulo, vive no Rio de Janeiro e seu objetivo é olhar para o mundo. Falar de futebol de todos os ângulos: tático, técnico, físico, econômico e político, em qualquer canto do planeta. Especializado em futebol do mundo.
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