Como foi a negociação de Fred
PVC
09/06/2016 08h00
"Marcelo Oliveira quer um pivô. Se é assim, então é para contratar o melhor." A frase descreve como começou o negócio da compra de Fred pelo Atlético na semana passada. Havia um namoro mais antigo, sim. Na época da crise entre o centroavante e o técnico Levir Culpi, o Atlético não fez proposta. Daniel Nepomuceno conversou com o presidente do Fluminense, Peter Siemsem. Deixou claro que não faria oferta naquele momento e jamais discutiu a inclusão de jogadores. Mas houve diálogos com os agentes do atacante.
"Havia um namoro antigo." Outra frase cifrada da noite de quarta-feira, horas depois do acordo.
Fred deixa o Fluminense e assina contrato com o Atlético por dois anos. O Atlético não dará nenhum jogador ao Fluminense como parte do pagamento e Lucas Pratto não está de saída. É a garantia da diretoria neste momento. Claro que a janela internacional pode mudar isso.
Incrível é contratar e apresentar Fred no dia do clássico contra o Cruzeiro. O ponto mais importante precisa ser o esportivo. Mas do ponto de vista da rivalidade, foi um gol de placa.
O Atlético ficará com um elenco magnífico. Quem se lembra da sele-Galo sabe que isto não é garantia de sucesso. Mas é uma promessa de brigar pelo título brasileiro que não é seu desde 1971.
Sobre o Autor
Paulo Vinicius Coelho é jornalista esportivo, blogueiro do UOL, colunista da Folha de S. Paulo. Cobriu seis Copas do Mundo (1994, 1998, 2006, 2010, 2014 e 2018) e oito finais de Champions League, in loco. Nasceu em São Paulo, vive no Rio de Janeiro e seu objetivo é olhar para o mundo. Falar de futebol de todos os ângulos: tático, técnico, físico, econômico e político, em qualquer canto do planeta. Especializado em futebol do mundo.
Sobre o Blog
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