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Pela segunda vez em Brasília, seleção é nota zero a zero

PVC

07/08/2016 23h59

Empatar por 0 x 0 com o Iraque em Brasília. Não tem desculpa!

Enquanto o Brasil julgar que vai juntar jogadores em cima da hora, sem treinar por longo período e confiar no talento individual vai passar vexame.

Não há outra razão para o fiasco da seleção brasileira em duas partidas sem fazer um mísero gol contra África do Sul e Iraque. Houve até progresso no primeiro tempo, especialmente nos últimos quinze minutos. Bola na trave de Renato Augusto, cabeçada de Gabriel Jesus próxima ao gol iraquiano. Antes, nos primeiros cinco minutos, duas triangulações pelo lado esquerdo terminaram em finalizações de Gabriel Jesus.

Depois, um hiato de 25 minutos sem finalizações brasileiras e com jogadas trabalhadas pelo rival asiático nas costas dos laterais. Custaram uma bola na trave de Wéverton cabeceada por Abdulraheem e um chute de longa distância de Attwan perigosa.

Não foi bom. Mas havia mais aproximação entre os jogadores e o Brasil finalizou 11 vezes.

Piorou muito no segundo tempo, depois das trocas de Felype Anderson por Luan e Gabriel Jesus por Rafinha. As primeiras vaias enervaram a seleção ainda mais. Virou jogo individual. Neymar recebeu diante de três iraquianos, perdeu a bola e ofereceu o contra-ataque. Depois foi a vez de Rafinha, outra vez Neymar… Mesmo assim poderia ter saído o gol de Renato Augusto num contra-ataque bem realizado por Gabriel, cruzamento de William. O meia, ex-Corinthians, tentou a virada e jogou por cima.

Uma parte do fracasso é fruto do nervosismo, ampliado com as vaias de uma torcida que nunca tem compromisso quando o jogo não flui. Não que se possa criticar quem pagou ingresso caro e viu o 0 x 0 contra o Iraque. Mas tem coisas que não são de torcedores de verdade. Gritar Marta é um exemplo. Mesmo que as meninas encantem muito mais do que os marmanjos.

Fim de jogo consolidado, vaias fortes do Mané Garrincha e o sistema de som do estádio tocou música, começando por Girls just wanna have fun, de Cindy Lauper. As garotas se divertem nos Jogos Olímpicos bem mais do que os garotos.

7/agosto/2016

BRASIL 0 x 0 IRAQUE

Local: Mané Garrincha (Brasília); Juiz: Ovidiu Hategan (Romênia); Cartão amarelo: Thiago Maia (16'), Alli (33'), Luaibi (36'), Kareem (58'), Douglas Santos (68'), Rodrigo Caio (69'), Tareq (82')

BRASIL: 1. Wéverton (5), 2. Zeca (4,5), 4. Marquinhos (5,5), 3. Rodrigo Caio (5,5) e 6. Douglas Santos (5) (13. William 34 do 2º (5)); 16. Thiago Maia (5), 7. Felype Anderson (4,5) (7. Luan, intervalo (4,5)) e 5. Renato Augusto (5); 9. Gabriel (6), 11. Gabriel Jesus (5) (8. Rafinha 10 do 2º (4,5)) e 10. Neymar (6). Técnico: Rogério Micale

IRAQUE: 12. Hameed (6,5), 17. Alli (6), 2. Ibrahim (5,5), 4. Nadhim (5,5) e 15. Ismail (6); 14. Natiq (5,5); 13. Raheem (5) (11. Tareq 17 do 2º (5,5)), 18. Attwan (6), 16. Luaibi (5) (5. Ali Faez 33 do 2º (sem nota)) e 6 Adnan (6); 8. Abdulraheem (6) (7. Ahmed 38 do 2º (sem nota)). Técnico: Abdul Ghani Shabab

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Sobre o Autor

Paulo Vinicius Coelho é jornalista esportivo, blogueiro do UOL, colunista da Folha de S. Paulo. Cobriu seis Copas do Mundo (1994, 1998, 2006, 2010, 2014 e 2018) e oito finais de Champions League, in loco. Nasceu em São Paulo, vive no Rio de Janeiro e seu objetivo é olhar para o mundo. Falar de futebol de todos os ângulos: tático, técnico, físico, econômico e político, em qualquer canto do planeta. Especializado em futebol do mundo.

Sobre o Blog

O blog tem por objetivo analisar o futebol brasileiro e internacional em todos os seus aspectos (técnico, tático, político e econômico), sempre na tentativa de oferecer uma visão moderna e notícias em primeira mão.


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